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Felicidade e otimismo: o que isso tem a ver com a saúde e o bem-estar

Publicada em 03/04/2018 às 07h

Pessoas felizes e otimistas tendem a viver mais e com melhores condições de saúde: boas energias Pessoas felizes e otimistas tendem a viver mais e com melhores condições de saúde: boas energias

As pessoas que estão sempre de bem com a vida são menos propensas a ter doença do coração. Mas você pode se perguntar: o que a felicidade tem a ver com saúde? Tudo indica que muita coisa.

O coração, por exemplo, é um órgão vital e para manter o seu bom funcionamento é preciso adotar hábitos saudáveis. Mas não pense que isso é suficiente para fazer com que ele bata sempre no ritmo e potência adequada! A forma como cada pessoa reage às “surpresas” da vida também pode influenciar na saúde do coração.

Uma pesquisa americana, da Universidade de Harvard, mostra que a felicidade e o otimismo são fatores importantes para a saúde. Segundo o estudo, as chances de ter problemas cardíacos, pressão e colesterol alto entre as pessoas mais otimistas são 50% menor do que naqueles pessimistas e tristes. 

Divulgada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa contou com uma revisão de 200 estudos já realizados sobre o tema. Os cientistas ainda destacam que o estresse e a depressão também oferecem perigos ao coração. Apesar de ainda não haver provas científicas de que a felicidade de fato interfere na saúde, estudiosos americanos afirmam que as investigações caminham para essa conclusão.

Mais otimismo e felicidade, menos doenças: estudo científico caminham para essa conclusãoMENTE E CORPO

A neurologista  Maria do Desterro Leiros da Costa,  médica cooperada da Unimed João Pessoa, concorda que os otimistas têm menos probabilidade de apresentar recidivas durante um tratamento. Quando comparadas  à pessoas negativas e depressivas,  a possibilidade de serem hospitalizadas também são reduzidas.

Segundo ela, a explicação está na conexão que existe entre a mente e o corpo. “A maneira como pensamos influencia em como nos sentimos. Isso repercute nos nossos comportamentos”, disse.

Quando estamos estressados, ansiosos ou chateados, conta a  médica, a mente envia mensagem ao corpo. Esse por sua vez responde como se algo não estivesse certo. Então, ocorrem alterações neurovegetativas e neuro-hormonais que, se permanecerem por longos períodos, podem desenvolver alterações cardiovasculares, gastrintestinais, neuropisiquiátricas, deficiências imunológicas e metabólicas.

PRÁTICAS SAUDÁVEIS

Família, bons hábitos, vida social e uma dose de humor: essenciais para uma vida mais saudávelMaria do Desterro afirma que o estado de ansiedade aumenta os níveis sanguíneos de cortisol, um hormônio imunosupressor (que reduz as reações imunológicas específicas do organismo contra um antígeno) e de diabetogênico (fator causador do diabetes).

“Na contrapartida desses fatos surgem as pesquisas apontando o papel de práticas promotoras de saúde relacionadas diretamente às crenças e às emoções como a meditação, a religiosidade/espiritualidade e o combate ao isolamento social”, destaca a médica.

Portanto, mesmo que seja uma questão subjetiva para muitos, pessoas felizes e otimistas tendem a viver mais e com melhores condições de saúde do que pessoas infelizes, estressadas ou deprimidas. Atenção! O otimismo não é uma poção mágica, mas as provas são claras de que ela muda suas chances de ficar doente.