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Importância do apoio dos pais no tratamento de crianças prematuras

Publicada em 11/06/2018 às 07h

Kauã com oito meses: desenvolvimento saudável e muita alegria na vida dos pais e do irmão, Kaio   Kauã com oito meses: desenvolvimento saudável e muita alegria na vida dos pais e do irmão, Kaio

Receber alta e sair sem o filho recém-nascido da maternidade não é fácil para uma mãe e um pai. E foi isso que aconteceu com a servidora pública Nadja Dias e o empresário Igo Lordão, que tiveram de deixar Igor Kauã na UTI e depois na Ucin do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, unidade da rede própria da Unimed João Pessoa. Ele nasceu com 32 semanas de gestação num quadro que inspirava muitos cuidados.

“Foi muito triste. Enfrentei dias intermináveis. Foram momentos de muitas incertezas", relembrou a funcionária pública, que teve toda a rotina mudada em função do bebê. A fé, a esperança, a força e a determinação moveram Nadja e Igo. 

Ao todo foram 62 dias em que o casal se revezou para que o pequeno não ficasse “sozinho”, mesmo tendo toda uma equipe cuidando dele. Os dois tinham a consciência de que era preciso alguém da família por perto. Eles passaram a "morar" no Hospital. Enquanto Nadja dava a atenção total a Kauã durante o dia; Igo não arredava o pé do Hospital durante a noite, mesmo sabendo que depois de certo horário não poderia ficar com o filho.

Kauã nasceu com apenas 1,850 kg e recebeu muitos estímulos para, hoje, aos 8 meses, pesar mais de 8 quilos. “Estimular, estar perto, é fundamental para toda a família. Eu sempre estava com ele, conversava... Quando podia, eu pegava no colo e sei que ele sabia que era eu. Tenho certeza que todas as orações e o tempo que passamos juntos o ajudaram muito. Meu filho é um guerreiro”, disse Nadja, ao recordar os dias de angústia e ansiedade.

ENVOLVIMENTO

Um hospital estruturado, equipamento de ponta, profissionais capacitados, especializados e humanizados são essenciais para o sucesso de um tratamento. Junte tudo isso a um sentimento especial: o amor da família. Quando o paciente se sente amado, acolhido e cuidado por seus familiares, a resposta ao tratamento pode ser muito mais rápida.

Imagine, então, o quanto o envolvimento dos pais é importante quando se trata de crianças, especialmente as recém-nascidas, que precisam ficar internadas? Para a intensivista pediátrica Alexandrina Lopes, médica cooperada da Unimed João Pessoa, o envolvimento da família faz com que a criança responda mais rapidamente ao tratamento. “A voz dos pais, o toque, a presença da mãe ajudam no desenvolvimento neurológico, cognitivo e motor, acelerando o processo de alta do bebê”, explicou a especialista.  

UTI Neonatal: trabalho humanizado da equipe aliado à alta tecnologia tem salvo muitas vidasPor isso, no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, que conta com uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e uma Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin), esse contato da família com o recém-nascido internado é estimulado. Mas cada caso é tratado de uma forma diferente, com a individualidade que o pequeno paciente merece.

ACOLHIMENTO E HUMANIZAÇÃO

Na Ucin e na Utin não há um horário específico para obter informações sobre a saúde do bebê. Eles são atualizados pelos profissionais sempre que há uma dúvida ou uma mudança. Nos dois locais, os pais têm acesso e podem ficar próximos filhos. Pensando nesses momentos em o pais têm que ficar no hospital enquando seus bebês estão internados, a Unimed JP disponibiliza um local humanizado, aconchegante e de acolhimento: o Espaço Maternar.

Nele, os pais podem descansar um pouco, assistir televisão, ler ou trocar experiência com outras famílias que estejam passando pela mesma situação. Há ainda uma equipe multiprofissional que faz atividades semanais, tirando dúvidas e explicando os processos pelos quais as crianças são submetidas.

APOIO DOS PROFISSIONAIS

Além do carinho e da atenção dos pais, outro fator importante para a evolução de Kauã foi a alimentação, que o ajudou no aumento do peso. “Ele era alimentado com meu leite no começo, depois, passou a tomar leite de outras mães doadoras. Neste período, tivemos a ajuda do Posto de Coleta do Hospital”, contou a servidora.

O casal disse ainda que o apoio das equipes da UTI e da Ucin foi muito importante para que tudo ocorresse dentro do esperado. “Toda a equipe é perfeita. O que a gente mais quer em um momento desses é acolhimento e eu me sentia acolhida. Usei muito o Espaço Maternar para descansar e conversar com outras mães, trocar ideias, dar forças uma a outra. Foram dias de foco total no meu filho”, afirmou. Outro apoio fundamental foram os familiares, que ajudaram a cuidar do filho mais velho de Nadja e Igo, Kaio Miguel, de 4 anos, nesse período.