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Dor na coluna: quando é a hora de buscar tratamento?

Publicada em 08/04/2016 às 17h

A dor lombar é uma das principais queixas dos pacientes que procuram atendimento médico, e uma causa importante de incapacidade. A lombalgia exerce um impacto negativo no estado emocional, nas relações sociais e na capacidade de trabalho de milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que cerca de 80% das pessoas sofram com dores na coluna durante algum momento de suas vidas, e 15% a 20% desenvolverão dores crônicas.

A lombalgia e a cervicalgia são sintomas com causas e mecanismos diversos. A dor pode se originar de qualquer uma das partes da coluna vertebral, uma estrutura complexa constituída de músculos, tendões, ossos, discos intervertebrais e nervos. Problemas ou irritações em qualquer uma dessas estruturas podem causar dores localizadas na coluna lombar ou cervical, ou que irradiam para outras partes do corpo.

A maioria dos casos de dores na coluna vertebral não necessita de tratamento de urgência. No entanto, requerem avaliação médica as dores relacionadas a traumas na coluna vertebral, ou quando acompanhadas dos seguintes sintomas: incontinência urinária, fraqueza ou formigamento nas pernas ou braços, febre e calafrios, perda de peso sem explicação, ou dor abdominal intensa. Esses casos devem ser investigados para descartar problemas mais sérios como tumores, infecções na coluna, fraturas ou hérnias de disco extensas.

O manejo das patologias da coluna é multidisciplinar, e envolve diversas modalidades terapêuticas. Para ser efetivo, o tratamento deve incluir fisioterapia, acompanhamento psicológico, mudanças no estilo de vida e uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Quando a dor se torna crônica ou não apresenta resposta a terapêutica inicial, o uso de procedimentos intervencionistas para dor deve ser considerado.

Diversas técnicas minimamente invasivas e neuromoduladoras estão disponíveis para o tratamento da dor, dentre elas: injeção epidural de corticóides, lesão por radiofrequência, o implante de bombas de infusão de medicamentos e a estimulação medular. O objetivo desses procedimentos é promover um alívio prolongado da dor, permitindo dessa forma a reabilitação do paciente e seu retorno às atividades diárias com qualidade de vida.

 

Emerson Magno de Andrade

Emerson Magno de Andrade

CRM-PB: 6215

Especialidade: Neurologia e Neurocirurgia

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