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Novo horizonte no manejo da dermatite atópica

Publicada em 20/04/2018 às 18h

A dermatite atópica (AD) é uma doença inflamatória crônica, com resposta exagerada do sistema imune e falha na barreira cutânea, que é uma espécie de escudo natural que garante a integridade da pele. Possui alta prevalência e surge, geralmente, na infância com tendência dos sintomas desaparecem na adolescência. Quando persiste na vida adulta tende a ser mais grave.

Manifesta-se através de explosão com uma variabilidade interindividual de comportamento, sendo sintomas comuns a coceira e o eczema crônico, especialmente na área de dobras dos braços e das pernas, podendo afetar grandes extensões do corpo. Geralmente, ocorre ressecamento mais intenso na pele e pode haver associação de alergia alimentar, asma e rinite.

Em virtude das diversas formas de apresentação e gravidade, existem diferentes abordagens de tratamento com objetivo do controle da inflamação e da coceira. A orientação de medidas comportamentais e uso de hidratantes são de extrema importância. A depender do grau da AD, o tratamento pode variar desde uso de cremes e pomadas até medicamentos orais. Contudo, existem pessoas que não apresentam controle eficaz.

Atualmente, há um crescente reconhecimento de que a AD é uma síndrome complexa e de predisposição genética. O conhecimento progressivo e cada vez mais detalhado da imunopatogênese tem permitido investigação sobre novos alvos terapêuticos com resultados promissores, sendo um deles já aprovado nos Estados Unidos e na Europa para adultos com AD em grau moderado ou grave; e recentemente no Brasil.

É importante salientar a necessidade de avaliação clínica adequada, e que apenas quando os tratamentos habituais disponíveis não conseguem controlar a doença em questão é que se deve avaliar a possibilidade da indicação dos novos alvos de tratamento.

Esther Palitot

Esther Palitot

CRM-PB: 4444

Especialidade: Dermatologista

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