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Devo me preocupar com a minha dor de cabeça?

Publicada em 29/04/2016 às 18h

A cefaleia, ou "dor de cabeça" como é comumente conhecida, poderá ocorrer isoladamente como parte de um complexo sintomático agudo, como a enxaqueca, e por isso, também chamada de cefaléia primária; ou poderá representar um sintoma de uma doença em curso, como tumor cerebral ou sangramentos intracranianos, e, por isso, também é conhecida como cefaleia secundária. Neste caso, uma avaliação completa de sua dor de cabeça por um médico neurologista é fundamental para diferenciar a cefaleia primária da secundária, e determinar a necessidade de exames subsidiários, como tomografia e/ou ressonância magnética de crânio.

As dores de cabeça podem se manifestar de modo agudo (em horas), subagudo (em dias) ou crônico (em meses). As dores de cabeça de início agudo, cuja intensidade máxima acontece em minutos ou poucas horas, geralmente são sintoma de um sangramento dentro do cérebro, causado por uma pressão muito alta ou ruptura de um aneurisma cerebral, por exemplo.

As dores de cabeça de início subagudo, em que o paciente suporta a dor por dias, podem decorrer de uma lesão expandindo dentro do crânio, como tumores, abscessos cerebrais e metástases cerebrais.

As cefaleias crônicas, geralmente, são de natureza primária, incluindo as enxaquecas e cefaleias tensionais. O paciente, por exemplo, que tem frequentemente enxaqueca e abusa dos analgésicos para aliviar as crises, aumenta a chance de transformar esta enxaqueca em cefaleia contínua e diária, que não mais responde aos analgésicos. Por isso, é importante que o paciente busque orientação de um neurologista para fazer um tratamento preventivo adequado de sua dor de cabeça sob pena de vir a sofrer de uma cefaleia crônica diária, insuportável e de difícil tratamento.

Ivana Silva da Cruz

Ivana Silva da Cruz

CRM-PB: 4744

Especialidade: Neurologia