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Acreditação Hospitalar - o que tenho a ver com isto?

Publicada em 22/11/2009 às 00h

A Acreditação Hospitalar busca proteger a sociedade de uma assistência inadequada, que, por definição do Consórcio Brasileiro de Acreditação, é um processo de avaliação externa, de caráter voluntário, através do qual uma organização, em geral não governamental, avalia periodicamente as instituições de saúde para determinar se as mesmas atendem a um conjunto de padrões concebidos para melhorar a qualidade do cuidado ao paciente.

A certificação é exclusiva para organizações prestadoras de serviços de saúde (hospitais, laboratórios, hemoterapia, diagnóstico e terapia, serviços ambulatorial, terapêutico e/ou pronto atendimento e assistência domiciliar) e quem certifica as Organizações no Brasil é a ONA (Organização Nacional de Acreditação), normatizando, credenciando, regulando e controlando as agências de Acreditação existentes no país.

A metodologia da Acreditação apresenta-se em três níveis, sendo o nível 1, quanto à estrutura (Acreditada); o nível 2, quanto aos processos (Acreditada Plena); e o nível 3, quanto aos resultados (Acreditada com Excelência).

As vantagens do processo de Acreditação são inúmeras para os profissionais, para as instituições e para os clientes, pois estimula a melhoria contínua da qualidade, aumenta a capacidade para o trabalho, reforça a lealdade dos colaboradores, economiza recursos e diminui retrabalho, reduz os custos dos procedimentos, diminui riscos, aumenta a segurança dos usuários e dos profissionais, agrega valores à imagem da instituição e um diferencial em relação à concorrência e, acima de tudo, é um procedimento ético a ser feito.

Não se pode pensar em uma certificação como uma ação isolada e pontual, mas sim como um processo que se inicia com a conscientização do "todo" da necessidade da qualidade, para a manutenção da competitividade, sustentabilidade e, consequentemente, a sobrevivência no mercado.

Passando pela utilização de normas técnicas e seu relacionamento com a sociedade, com os usuários, com os clientes e com o meio ambiente. O "ótimo" de um sistema é completamente diferente da soma dos "ótimos" das partes que o compõem, se vistas isoladamente. Ocorrerão mudanças de paradigmas como o meu (o nosso), a culpa (a causa), o chefe (o líder), o controle (o autocontrole), o achismo (os dados e fatos) e a necessidade da empresa (a necessidade do cliente). Todos passam a remar juntos, rumo a um mesmo objetivo.

Então, refaço a pergunta: O que nós, profissionais que somos responsáveis pelo sucesso dos resultados e principalmente os clientes, que são assistidos nestas instituições, temos a ver com isto? Respondo: TUDO. Reflitam sobre o assunto.
José Calixto da Silva Filho

José Calixto da Silva Filho

CRM-PB: 3650

Especialidade: Cirurgião geral

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