Artigos Médicos

A hanseníase e o Janeiro Roxo

Publicada em 27/01/2017 às 18h

O último domingo de janeiro é a data estabelecida como o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase, assim celebrada em vários países. No período próximo a esse dia, são desenvolvidas ações educativas pelas sociedades médicas e várias instituições e órgãos ligados à saúde para alertar os profissionais de saúde e a população em geral a respeito do tema, através do chamado Janeiro Roxo.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria - o bacilo de Hansen -, cuja transmissão ocorre através das vias aéreas superiores, durante os atos corriqueiros de conversar, espirrar e tossir. No Brasil e na Paraíba, são diagnosticados, por ano, vários casos e a doença, apesar de ter cura e tratamento, pode gerar sequelas se for descoberta tardiamente.

A pessoa acometida apresentará, geralmente, manchas, caroços, placas ou áreas "dormentes" da pele e isso pode ocorrer anos após entrar em contato com alguém que está com a doença. As manchas e/ou caroços podem ser esbranquiçados, avermelhados, acastanhados, em várias partes do corpo. Têm maior risco de desenvolver hanseníase aqueles que convivem muito com o doente, como os que moram na mesma casa.

O diagnóstico é feito, na grande maioria dos casos, através de uma avaliação das manchas, placas ou caroços apresentados na pele e de um teste de sensibilidade simples e indolor. O tratamento é gratuito, fornecido pelo Ministério da Saúde e deve estar disponível nos postos de saúde de todos os municípios.

No Janeiro Roxo, todos são convidados a informar-se sobre a doença e a espalhar o conhecimento a respeito dela, assim como a examinar o próprio corpo, na busca de alguma alteração de pele, de forma que o preconceito em relação à hanseníase seja combatido e os casos sejam descobertos, tratados e curados precocemente e adequadamente.

Luciana Cavalcante Trindade

Luciana Cavalcante Trindade

CRM-PB: 5151

Especialidade: Dermatologia

Mais artigos de Luciana Cavalcante Trindade