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O que você precisa saber sobre infecção urinária

Publicada em 21/07/2017 às 18h

Doença que pode acometer indivíduos de todas as faixas etárias e ambos os sexos, a infecção urinária ou ITU é mais comumente observada entre as mulheres adultas. Para os homens, é uma condição mais frequente na primeira infância e após os 50 anos, quando está associada a distúrbios prostáticos.

Decorrente da presença de agentes infecciosos no trato urinário, pode atingir desde a uretra/bexiga (cistite) até os rins (pielonefrite). Trata-se da infecção bacteriana mais comum e, normalmente, é causada por microorganismos que compõem a flora intestinal normal dos seres humanos.

O quadro clínico pode ser bastante variado e está relacionado à localização do processo infeccioso. Sendo assim, os sintomas vão desde disúria (ardência ao urinar), urgência/gotejamento miccional (intensa vontade de urinar com saída de pequena quantidade) até hematúria (sangue na urina), lombalgia (dor na região dos rins), febre e calafrios.

O diagnóstico, na maioria das vezes, pode ser feito apenas com a história clínica do paciente associada ao exame de urina. Quando possível, a urocultura é importante para melhor esclarecimento do agente causador, assim como para orientar o antibiótico a ser utilizado. No entanto, qualquer médico pode iniciar seu tratamento antes do resultado, podendo ajustar a medicação quando o exame estiver disponível.

A presença de dois ou mais episódios de ITU em um intervalo de seis meses caracteriza a infecção urinária de repetição e este é um dos principais motivos para a ida das mulheres ao consultório do urologista. Nestes casos, precisamos realizar exames de imagem como a ultrassonografia e um tratamento mais prolongado (profilaxia) para evitar ou, pelo menos, aumentar o intervalo de tempo entre os quadros.

A prevenção pode ser realizada através da ingesta adequada de água e evitando períodos prolongados "prendendo" a urina. As mulheres, como grupo mais vulnerável, devem ter alguns cuidados especiais, como realizar a higienização sempre de "frente para trás", urinar após a relação sexual, dar preferência ao uso de absorventes externos e roupas íntimas de tecidos de algodão, além de atenção quanto ao uso de "sabonetes íntimos", que podem modificar a flora vaginal, evitando o uso excessivo durante o dia.

Thiago Costa

Thiago Costa

CRM-PB: 6560

Especialidade: Urologia

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