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Auxilia na perda de peso, faz bem para a memória, vicia? Conheça mitos e verdades sobre a cafeína

Publicada em 13/12/2021 às 07h

Além de delicioso, o café nosso de cada dia faz um bem danado para a saúde   Além de delicioso, o café nosso de cada dia faz um bem danado para a saúde

No café da manhã, no meio do expediente de trabalho, depois do almoço, no lanche da tarde, a cafeína faz parte da cultura alimentar do brasileiro. Apesar disso, muitos mitos ainda envolvem o uso da substância. Afirmações como: a cafeína pode causar câncer, problemas cardíacos, não possui benefícios e vicia, são comuns.

Para desmistificar as informações sobre consumo dessa substância, a nutricionista da equipe de promoção da Saúde do Plano de Saúde Unimed João Pessoa, Jéssica Lisboa, explica os mitos e verdades que envolvem a cafeína. “Não temos artigos científicos que confirmem essas afirmações negativas, ao contrário, vemos muitos benefícios antioxidantes da cafeína para a saúde. Normalmente ela atua no sistema nervoso central aumentando o estado de alerta, o foco nas atividades e reduzindo temporariamente a sensação de cansaço”, destaca a nutricionista.

A cafeína está presente no tradicional café, mas também em outras bebidas como chás, energéticos e refrigerantes de cola. “Alguns fármacos analgésicos e para gripe também podem conter cerca de 130 mg da substância, que também compõe o chocolate”, elenca.

Confira alguns mitos e verdades a respeito dessa substância:

Auxilia na perda de peso — Verdade. Por ser considerada um termogênico natural, a cafeína ativa o trabalho celular e aumenta o metabolismo, elevando a disposição e desempenho na atividade física. “A probabilidade de otimizar a perda de peso e ganho de massa muscular é maior quando há utilização de doses diárias adequadas”, explica.

Prejudica quem tem refluxo gastroesofágico — Verdade. A cafeína pode estimular a produção de secreção/ácido gástrico sendo prejudicial para pessoas com gastrite, úlcera péptica e doenças intestinais.

Causa câncer — Mito. A nutricionista destaca que não há comprovação do efeito da ingestão de cafeína na carcinogênese. Por outro lado, ela é uma substância antioxidante. “O consumo moderado associado a uma alimentação saudável e equilibrada, ajuda a ativar enzimas antioxidantes no organismo, amenizando e prevenindo problemas neurodegenerativos, o envelhecimento precoce e doenças de base inflamatória subclínica”, ressalta.

Faz bem para a memória — Verdade. A cafeína eleva a produção de neurotransmissores como a noradrenalina, serotonina e dopamina que aumentam o foco, ânimo e disposição. “Ela melhora a atenção e está associada à redução do cansaço e a probabilidade de reter conhecimento ou de acelerar o raciocínio. No entanto, se houver cansaço excessivo e sono irregular, isso não será tão válido, pois pode haver até pequenos lapsos de memória”, alega.

Aumenta o risco de problema cardíaco — Mito em parte. Ao consumir 1000 mg ou mais ao dia, especialmente as pessoas que são metabolizadores lentos de cafeína, que tem os efeitos potencializados. Pode haver elevação da pressão arterial e batimentos cardíacos. “Em pessoas com predisposição genética a infarto e acidente vascular encefálico pode ser considerado um fator de risco”, alerta.

Afeta a saúde das crianças — Verdade. Por ter uma metabolização diferente dos adultos, a substância permanece mais tempo na corrente sanguínea das crianças e adolescentes. “A dose de cafeína entre 100 e 400 mg/dia, que é normal para adultos, costuma causar efeitos negativos como nervosismo, irritação, náuseas e agitação nelas”, aponta.

É fator de risco para osteoporose — Verdade. De acordo com a nutricionista, a substância pode desencadear perda de massa óssea ou descalcificação. “A cafeína é rica em xantina, substância que pode promover a maior excreção de cálcio pelos rins”, observa.

Vicia — Mito. De acordo com a nutricionista, assim como com todo alimento, algumas pessoas possuem paladar e genética favorável em desenvolver afinidade com bebidas cafeinadas. “Assim, muitas vezes, ingerir bebidas com este componente, principalmente o café, torna-se um hábito, mas não um vício”, conta.