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De olhos bem abertos contra a conjuntivite; veja quais os cuidados

Publicada em 10/02/2020 às 07h

A conjuntivite é transmitida através do contado direto com uma pessoa infectada: prevenção A conjuntivite é transmitida através do contado direto com uma pessoa infectada: prevenção

Uma das doenças mais comuns no alto verão e também no inverno é a conjuntivite. Isso ocorre porque, por motivos diferentes, essas duas épocas favorecem uma maior aglomeração de pessoas. Se você nunca teve a doença é muito provável que ao menos já tenha conhecido alguém que passou dias com o olho vermelho e lacrimejando. Mas, algumas atitudes são essenciais para prevenir e evitar complicações.

Não é difícil identificar os sinais da conjuntivite. Inicialmente um olho é acometido, mas rapidamente o outro pode ser afetado. Os principais sintomas são vermelhidão, lacrimejamento, inchaço nas pálpebras, coceira e secreção aquosa, sensação de areia ou de ciscos nos olhos e fotofobia (dor ao olhar para a luz). A qualquer sintomaa, um médico deve ser procurado para dar o diagnóstico e tratamento adequados.

A doença pode ser causada por reações alérgicas (poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquiagem, entre outros fatores); vírus e também bactérias. Nestes dois últimos casos ela pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.

A médica cooperada da Unimed João Pessoa, a oftalmologista Carla Christina L. Pereira Bezerra Cavalcanti, explica que o tratamento inicial se faz com compressas geladas, lubrificantes e anti-inflamatórios não esteroidais. Também deve haver o cuidado de lavar sempre as mãos, trocar roupas de cama e não compartilhar utensílios domésticos, evitando contato próximo com as pessoas. “Assim como uma gripe comum, ela é autolimitada, ou seja, tem um tempo determinado para que haja a sua melhora”, complementou Carla Christina.

Ela ressaltou que, dependendo da virulência viral (agressividade do vírus), pode haver intensa inflamação da conjuntiva, com quemose (bolha conjuntival), hemorragia subconjuntival e formação de membranas internas, com duração de até um mês após o seu início. Nos casos mais severos, torna-se necessário o uso de medicações fortes (corticoides tópicos), bem como a retirada regular dessas membranas pelo oftalmologista.

“Por estas razões, a conjuntivite não deve ser desvalorizada com o uso inadequado de medicações, pois há um grande risco de piora do quadro com exacerbação da atividade viral e acometimento da córnea, levando à baixa visual, que pode persistir por meses e até anos após a crise”, afirmou Carla Christina.

Ao ter de conviver com algum parente que adquirido conjuntivite é importante evitar o contato direto com a pessoa e ter o cuidado de limpar todas as superfícies comuns com álcool gel (70%). Lavar com mais frequências as mãos e evitar coçar os olhos também são dicas importantes.

DÚVIDAS COMUNS

O que é conjuntivite?

Conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, que é uma fina membrana transparente que reveste o globo ocular e a também a parte interna da pálpebra.

A higiene pode prevenir a conjuntivite?

Sim. A higiene é um fator muito importante no tratamento e prevenção da conjuntivite. Deve-se evitar coçar o olho, mas se for manuseá-lo, as mãos devem ser lavadas antes e depois.

A conjuntivite sempre atinge os dois olhos?

Não. É comum a incidência de conjuntivite nos dois olhos, mas se a pessoa efetuar rigorosa limpeza, pode ter só em um.

Com informações da Fundação Oswaldo Cruz