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Entenda a importância de uma avaliação cardíaca antes de iniciar a prática de exercícios físicos

Publicada em 20/09/2021 às 14h09

Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, por semana, que adultos façam atividade física moderada de 150 a 300 minutos Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, por semana, que adultos façam atividade física moderada de 150 a 300 minutos

Saber que o coração está saudável possibilita desfrutar do melhor que os exercícios podem trazer para o corpo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, por semana, que adultos façam atividade física moderada de 150 a 300 minutos ou intensa de 75 a 150 minutos, quando não houver contraindicação. Mas, é necessário saber se o corpo está em condições de iniciar as atividades, principalmente quem é sedentário.

O cardiologista Francival Souza, médico cooperado da Unimed João Pessoa, alerta para a necessidade de uma avaliação cardíaca. Ele recomenda esse cuidado, principalmente, para pessoas com mais de 35 anos ou aquelas que planejam fazer algum exercício de alto rendimento, para identificar qualquer possível alteração cardiovascular. Quem tem doença cardiovascular prévia, histórico familiar de morte súbita ou miocardiopatias hereditárias também precisa fazer a avaliação.

EXAME

O principal exame necessário na consulta inicial é o eletrocardiograma, que é a reprodução gráfica da atividade elétrica do coração durante o seu funcionamento. Também pode ser feito o teste ergométrico, que permite identificar problemas cardíacos, analisando como o coração do paciente reage ao esforço físico. “Assim investigamos se há algum problema coronariano não detectável em exames clínicos regulares”, explica.

Caso a pessoa planeje realizar atividades de alta performance ou se houver alteração na avaliação clínica e nos exames iniciais, o especialista orienta a realização de um ecocardiograma, que é baseado no uso de um ultrassom. “Outros exames podem ser realizados, mas vai depender de cada caso. Da mesma maneira, se não forem detectadas alterações, não será necessário repeti-los”, esclarece.

RISCOS

A avaliação é a melhor forma de prevenir situações adversas. Apesar de raro, de acordo com o cardiologista, mesmo pessoas jovens e assintomáticas, sem histórico de problemas coronarianos, podem sofrer algum problema devido ao esforço realizado nos exercícios. “Essas complicações podem variar de sintomas leves, como palpitação ou cansaço, até casos graves, como arritmias ou morte súbita. Risco que se agrava em pessoas maiores de 35 anos, sedentárias e com histórico de doença coronariana. Por isso, é importante procurar um cardiologista”, ressalta Francival Souza.

Saber que o coração está saudável possibilita desfrutar do melhor que os exercícios podem trazer para o corpo. “Praticar atividades físicas tem efeitos positivos para prevenção de aterosclerose, obesidade, hipertensão e diabetes. O exercício regular reduz o risco de resultados adversos à saúde, independentemente da idade, sexo, etnia ou presença de comorbidades. Portanto, devemos sempre encorajar nossos pacientes a adotar essa prática”, sugere o cardiologista.