Erisipela é uma patologia infecciosa, provocada por bactérias estreptocócicas em média de 85% e por bactérias estafilocócicas em torno de 15%. Os sintomas da Erisipela são: calafrio, cefaleia, febre, náusea e vômito.

Linfangite é uma patologia inflamatória, desencadeada pelas toxinas liberadas pelos estreptococos e estafilococos. Os sinais mais evidentes da Linfangite são: placa avermelhada, infartamento ganglionar (íngua) e edema.

Linfedema é uma patologia decorrente do acúmulo excessivo de proteínas e substâncias de alto peso molecular, no espaço intersticial.

É bom salientar que cada crise de Erisipela provoca lesão dos capilares, vasos e válvulas linfáticas. Logo, a melhor conduta na crise de Erisipela, é debelar a fase bacteriana, porém, não se pode dizer que a patologia foi curada, pois é a Linfangite quem irá produzir as complicações crônicas como Linfedema e o Fibro Linfedema.

Na minha experiência como Linfologista, por mais ou menos 30 anos, realizei 13 pesquisas Linfáticas e, com esta produção científica, fui indicado para o Consenso Internacional de Linfologia. Daí, nossas confirmações no setor dos Linfáticos, às vezes, se tornarem muito contundentes, pois a falta de conhecimento científico deste tipo de patologia classifica os Linfáticos como o Primo Pobre da Angiologia.

Saliento ainda, que, após as mastectomias, muitos pacientes desenvolvem Linfedema de membro superior, que é ocasionado pela retirada de alguns gânglios linfáticos axilares. Em outras ocasiões, muitas vezes para complementar o tratamento da patologia em questão, se faz uso da Radioterapia, que poderá provocar a formação de Linfedema. Contudo, quero afirmar que tanto nos Linfedemas decorrentes das Linfangites, quanto nos Linfedemas ocasionados pelo esvaziamento de alguns gânglios axilares e ainda pelos Linfedemas produzidos pela Radioterapia local, conseguimos, através de condutas clínicas, reduzir em 80% e, às vezes, debelar totalmente esta patologia.