O câncer de mama representa na atualidade um problema de saúde pública. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, foram esperados para o ano de 2006, no Brasil, 48.930 novos casos desse tumor, que se constitui na principal causa de óbito por câncer no sexo feminino.Infelizmente, no nosso País, o diagnóstico, em muitos casos, ainda é feito em estágios avançados da doença, gerando taxas de mortalidade elevadas.

As estratégias para evitar a doença incluem prevenção primária e secundária. A primária visa evitar o surgimento tumoral e inclui desde medidas simples, dietéticas e comportamentais - como evitar a obesidade, o sedentarismo e a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos - até uso de medicamentos preventivos, em mulheres consideradas de alto risco. Fatores hormonais também estão associados ao aumento do risco de câncer de mama. Assim, a prescrição de hormônios, como para a mulher menopausada, deve ser criteriosa e ter a relação risco-benefício bem avaliada.

A prevenção primária deste câncer, entretanto, ainda não é totalmente possível, já que características da vida reprodutiva da mulher e fatores genéticos estão envolvidos em sua etiologia. Dessa forma, os esforços maiores devem se concentrar na prevenção secundária, ou seja, no diagnóstico da doença em estágio precoce.A mamografia é o método com comprovada eficiência em detectar tumores nesse estágio, na fase pré-clínica, quando as taxas de cura podem chegar a quase 100%, e o tratamento conservador, não mutilante, pode ser instituído. Deve ser realizada uma mamografia de base aos 35 anos e anualmente após os 40 anos, de rotina. O exame clínico das mamas realizado por profissionais habilitados é também eficiente, permitindo o diagnóstico de tumores com um ou mais centímetros.