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E hanseníase ainda existe...?

Publicada em 17/01/2020 às 17h52

Muitas pessoas fazem essa pergunta aos médicos e a resposta é “sim”. Existe e anualmente são diagnosticados vários casos em nosso estado e no país. A boa notícia é que a doença é facilmente diagnosticada, tem tratamento e tem cura.

A hanseníase é causada por uma bactéria. É transmitida de uma pessoa para outra. Alguns doentes a transmitem, outros não. Ocasiona o surgimento de manchas e outras lesões na pele, geralmente dormentes.

Na maioria dos casos, o médico consegue fazer o diagnóstico pelo aspecto da pele e pesquisando a sensibilidade cutânea através de testes simples e indolores, realizados no momento do atendimento. Quanto mais precoce o diagnóstico e o início da terapêutica, melhor para o paciente, já que diminui a chance de sequelas, que, infelizmente, podem ocorrer. O tratamento é gratuito e feito nos postos de saúde.

A grande maioria das pessoas tem uma defesa natural contra a bactéria e não desenvolverá a doença. Por isso, quem tem hanseníase pode conviver normalmente com os demais, tanto no seu ciclo de amizade, quanto no familiar e no ambiente de trabalho.

No entanto, apesar dessas informações serem conhecidas e divulgadas há anos, muitas pessoas têm receio grande em relação à doença e aos doentes; talvez porque, em um passado bem distante, a hanseníase era grave e incurável, o que não mais acontece.

Para diminuir esse preconceito e divulgar mais a doença, no mês de janeiro são desenvolvidas ações no país e no mundo que, em conjunto, são chamadas de Janeiro Roxo. Elas servem para alertar, informar e orientar, sendo o seu recado principal: uma mancha na pele pode ser hanseníase. Procure um médico. E, sendo a doença, você ficará curado, desde que faça o tratamento adequado. Abrace essa causa e “vista-se de roxo”!

 

 

 

 

Luciana Cavalcante Trindade

Luciana Cavalcante Trindade

CRM-PB: 5151

Especialidade: Dermatologia

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