Artigos Médicos

O sol e a pele

Publicada em 04/12/2005 às 00h

O verão chegou, trazendo com ele o calor e o convite a passeios na praia e a churrascos à beira da piscina... O sol que traz a alegria, porém, é o mesmo que pode causar malefícios à nossa saúde.

Há algum tempo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia propaga: "Vamos tomar sol de maneira inteligente!" Isso traduz que os médicos dermatologistas reconhecem a vitalidade da luz solar, influenciando no ciclo biológico de todos os seres, no metabolismo da vitamina D e crescimento ósseo correlacionado, na ação de alguns hormônios e no nosso desempenho psico-social. No entanto, os especialistas orientam que não devemos esquecer de que a radiação solar, a qualquer hora do dia, pode desencadear dermatoses como herpes simples, lúpus e manchas variadas; estimular o envelhecimento cutâneo, com o surgimento de rugas e de pele ressecada; e, principalmente, promover o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres de pele.

Tomar sol de maneira inteligente significa fazer uso diário de protetor solar, com reaplicação a cada 2h ou sempre que entrar na água; usar chapéus, bonés e óculos escuros; evitar a exposição solar direta, principalmente entre as 10 e as 16h, ficando à sombra de uma área coberta ou de um guarda-sol de lona (os de náilon deixam passar grande quantidade de radiação); e beber bastante líquido. Com as crianças, cuja pele é mais sensível e o risco de insolação e de desidratação é maior, a atenção deve ser ainda mais intensa.

O protetor solar é uma arma segura e eficaz contra os efeitos maléficos do sol, podendo ser usado já a partir dos 6 meses de vida. Quanto mais cedo se inicia o seu uso, melhor é a prevenção contra o envelhecimento cutâneo e o câncer de pele, já que o efeito da radiação solar é cumulativo, sendo mais importante a exposição durante a infância e a adolescência. O fator de proteção solar (FPS) recomendado é igual ou maior do que 30 e é válido lembrar que o efeito do produto só se inicia após 30 minutos da aplicação, que deve ser generosa, cobrindo todas as áreas livres de roupa. Há uma diversidade de protetores solares, adequada a cada tipo de pele, incluindo os usados para as pessoas alérgicas.

Procure um dermatologista sempre que surgirem manchas, pintas, caroços de difícil cicatrização, "sinais" que coçam ou sangram. Nem sempre isso indica um câncer de pele, mas só o especialista poderá dar o diagnóstico correto e orientar o tratamento adequado, que, uma vez sendo feito no momento certo, levará à cura da doença.

Curta o sol de maneira inteligente e tenha um bom verão!
Luciana Cavalcante Trindade

Luciana Cavalcante Trindade

CRM-PB: 5151

Especialidade: Dermatologia

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