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Dislexia e as escolas (II)

Publicada em 14/12/2018 às 18h

A dislexia (Dlx) é caracterizada fundamentalmente pela presença de grande dificuldade na leitura tanto para aquisição, quanto para a velocidade e compreensão, geralmente acompanhada por idêntica problemática com relação à escrita, quando inexiste atraso cognitivo, distúrbio psicológico ou deficiência sensorial que justifique esse transtorno.

Os disléxicos são mais lentos para aprender. A maioria das crianças sofre com os frequentes fracassos escolares, os quais geram o rebaixamento da autoestima e, consequentemente, levam a comportamentos que variam da apatia a agressividade, tornando a vida escolar e familiar muito desgastante. É preocupante tanto para pais, professores e psicólogos particularmente os psicopedagogos que são os mais envolvidos nessa questão.

É, portanto, um dos entraves educacionais que compromete a capacidade de ler, de entender as palavras manuscritas ou impressas, de escrever e soletrar. Por conta disso, muitas crianças concluem seu período escolar obrigatório sem saber ler ou escrever de forma adequada.

Existem vários tipos de Dlx. Vamos citar apenas três por serem os mais comuns. O primeiro é a Dlx Auditiva que ocorre devido à carência de percepção (a criança não tem problema de audição, escuta bem, só não percebe os fonemas ou sons da palavra falada); o segundo, a Dlx visual (seu portador não tem déficit visual, mas sim uma dificuldade de distinguir os lados direito e esquerdo e não visualiza bem os grafemas ou palavras escritas) e por último a Dlx mista que é a união destes dois tipos, ou seja, dificuldades visuais e auditivas ao mesmo tempo. Os professores que não sabem trabalhar com o aluno acabam criando uma espécie de “rótulo” pela tendência em colocar a culpa no próprio aluno e nos pais. Toda escola deveria ter um psicopedagogo de plantão, em razão da constância de crianças dessa natureza.

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Marco Aurélio Smith Filgueiras

Marco Aurélio Smith Filgueiras

CRM-PB: 1368

Especialidade: Neurologia

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