Que neste Natal, a mensagem de Jesus Cristo gere em nós um coração com novas dimensões: largura ampliada, profundidade expandida e teto bem elevado. Que este seja preferencialmente de vidro - assim contemplaremos as estrelas à noite e, de dia, teremos a clara consciência do quanto somos frágeis.

O desejo é que nos tornemos enormes por dentro, para compreendermos o outro e acolhê-lo; ao mesmo tempo que sejamos peque nos por fora - o suficiente para sermos abrigo. Que no nosso projeto não esqueçamos do calor: suave para aquecer no frio, proteger dos ventos e prover o alimento fundamental.

A estrebaria de Belém nos ensinou tudo sobre o que é essencial. Nela encontramos as medidas perfeitas para o nosso projeto de vida: pequena por fora, simples e imensa por dentro. Tal como esta, que fique longe dos excessos ruidosos dos grandes centros financeiros - longe o suficiente para que tenhamos saúde espiritual e possamos ouvir os cânticos de louvor que emanam dos seres celestiais, harmonizados com as batidas dos corações e o respirar das narinas.

O mais importante é que tenha espaço para abrigar uma aconchegante manjedoura, onde o Príncipe da Paz seja acolhido com todo o amor do mundo. Ele nos honrou com a Sua visita, escolheu estar entre nós, veio até nós e não recuou. Seu Nome diz tudo: Emanuel, Deus conosco! Onde Ele está, o pão é multiplicado, o vinho é inigualável e a água sacia para sempre. Que essas metas de alma renovem-se sempre. Que nos apaixonemos pela beleza de termos uma alma estrebaria.