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Veja como ajudar uma pessoa a superar o adoecimento mental

Publicada em 13/09/2023 às 16h43

Estar disponível para acolher e ouvir o outro que está em sofrimento mental é importante para ajudar a pessoa a buscar ajuda profissional Estar disponível para acolher e ouvir o outro que está em sofrimento mental é importante para ajudar a pessoa a buscar ajuda profissionalFoto: Freepik

Estar em sofrimento mental é doloroso e uma luta muitas vezes solitária, que pode ter um fim trágico. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, no ano passado, 16.262 pessoas tiraram a própria vida no Brasil, sendo 317 delas na Paraíba. Diante de tantas perdas, é possível ajudar quem está com adoecimento mental. Neste mês, a Campanha Setembro Amarelo chama a atenção para a prevenção e combate ao suicídio.

Entre as doenças que levam a pessoa a tirar a própria vida, estão transtornos de personalidade, como a depressão, bipolaridade, esquizofrenia, borderline e ansiedade. Além disso, o uso de substâncias como álcool, cocaína e outros entorpecentes também são fatores de risco.

O psiquiatra Rivando Rodrigues, médico cooperado da Unimed João Pessoa, lembra que muitos pacientes têm dificuldade em aceitar o diagnóstico e o tratamento, o que pode levar ao risco de cometer suicídio. “Parentes e amigos podem ter um papel fundamental quando os pacientes se apresentarem isolados, com pouca comunicação, sem esboçar interesse por coisas que habitualmente faziam. É preciso ouvir essas pessoas e orientá-las sobre a importância de buscar tratamento e voltar a ter qualidade de vida”, orienta o médico.

CUIDANDO DA MENTE

Quando se fala em ajudar pessoas em sofrimento mental, uma ação importante de quem está por perto, sejam amigos ou familiares, é demonstrar acolhimento e se colocar disponível para ajudar. A psicóloga Monique de Fátima, da equipe da Unimed João Pessoa, reforça a importância de demonstrar empatia. “É importante que a gente oriente o outro como ele pode se cuidar e que, se ele precisar de ajuda para buscar um profissional, você estará junto.Porque, às vezes, essa pessoa está tão sem forças que nem condições de buscar um profissional ela tem”, acrescenta a psicóloga.

Algumas ações também ajudar a aliviar os sintomas, como as práticas integrativas. A Unimed JP disponibiliza para os clientes atividades como yoga, auriculoterapia, ventosaterapia, biodança, dança circular, relaxamento e aromaterapia no Espaço Vida, por meio do programa Harmonize. As aulas acontecem duas vezes por semana.

Para participar, os beneficiários devem agendar o atendimento na área do cliente do Portal Unimed JP (CLIQUE AQUI PARA ACESSAR). Os atendimentos também podem ser agendados através do aplicativo Unimed JP, que está disponível para os sistemas Android e iOS.

ACOLHIMENTO

A psicóloga Monique de Fátima dá algumas orientações sobre como você pode acolher e ajudar uma pessoa próxima que se encontre em processo de adoecimento mental:

  • Esteja disponível para acolher

A primeira coisa é fazer com que o outro possa se sentir à vontade e saber que não será julgado por determinado comportamento ou sentimento que está vivenciando.

  • Fique atento ao que o outro diz

Ao ouvir com atenção o que o outro está verbalizando, você pode identificar pensamento suicida. Quando a pessoa diz que se sente cansada, na verdade pode estar querendo dizer que se encontra extremamente cansada da vida; ou que não aguenta mais. Dobre a atenção, principalmente, com quem já tentou suicídio alguma vez.

  • Oriente e auxilie na busca por tratamento

Com muito carinho e acolhimento, fale para a pessoa quanto os profissionais podem ajudá-la. Tente convencer, mas, sem insistir. Saiba a hora de falar para que o outro não se sinta pressionado. Reforce que você está disponível para ouvir, mas que não é um profissional.

  • Fale da importância da psicoterapia e do tratamento médico

Enquanto amigo ou familiar oriente o outro sobre como ele pode se cuidar. Reforce que é na psicoterapia que a pessoa consegue liberar as emoções e angústias e que o tratamento medicamentoso é fundamental para agir nos sintomas e trazer mais tranquilidade. São tratamentos complementares.