Artigos Médicos

Emoção à flor da pele

Publicada em 04/11/2007 às 08h

A pele é o espelho do funcionamento do nosso organismo: sua cor, textura, umidade, secura e cada um dos seus demais aspectos refletem nosso estado de ser; psicológico e também fisiológico. O rubor facial, a palidez ou mesmo a sudorese intensa das mãos relacionada à emoção mostram a íntima relação que existe entre a pele e o que se passa na mente.

O estresse permanente, tensão ou ansiedade exagerada podem provocar doenças que se manifestam por meio de sintomas psicocutâneos que incluem coceira, ressecamento, manchas e descamação.As chamadas psicodermatoses podem acometer indivíduos de ambos os sexos, de qualquer raça e em todas as faixas etárias.

Para melhorar a aparência e prevenir o envelhecimento nem sempre nossos esforços impedem o ataque do vilão silencioso: o estresse. Isso porque a pele reage progressivamente aos hormônios do SNC como adrenalina e o cortisol, cuja produção aumenta em situações de tensão ou ansiedade. Em excesso, eles prejudicam o sistema imunológico e aumentam a produção das glândulas sebáceas, duas conseqUências atrozes para impulsionar o surgimento de problemas dermatológicos dos mais simples aos mais complexos como o vitiligo, psoríase, urticária, pelada, entre tantas outras doenças que acometem a pele.

As psicodermatoses devem ser tratadas em seus dois componentes, psicológico e dermatológico. Os psicofarmacos são de grande valor em muitas situações, principalmente para tratar a fase crítica de determinadas psicodermatoses. O sucesso do tratamento é tanto maior quanto mais competente e convincente for o suporte emocional.Recorrer à psicoterapia é importante quando os limites de competência do dermatologista forem atingidos.

Carla Simone Marsicano Cavalcante

Carla Simone Marsicano Cavalcante

CRM-PB: 4043

Especialidade: Dermatologista

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