A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira em pacientes adultos entre 20 e 60 anos. A prevalência do diabetes no Brasil é de 12.1%, de acordo com o mais recente Censo Brasileiro de Diabetes.

A forma mais prevalente de diabetes é o tipo 2, correspondendo a 90% dos casos que, geralmente, se inicia na idade adulta, em pacientes acima do peso e com história familiar da doença.

O tipo 1 é a forma infanto-juvenil, insulino dependente, correspondendo aos outros 10% dos casos.

A retinopatia diabética é uma das complicações crônicas mais frequentes do diabetes e consiste em uma vasculopatia, doença dos vasos sanguíneos da retina que se desenvolve em praticamente todos os pacientes com longo histórico da doença.

Há formação de microaneurismas, hemorragias retinianas, edema (inchaço) macular, não perfusão macular, formação de neovasos e descolamento de retina tracional nas fases tardias.

Tais alterações levam à baixa da visão e desorganização da arquitetura da retina que requerem aplicações de laser e cirurgias vitreorretinianas a fim de corrigir tais anomalias. Estas modalidades de tratamento têm melhores resultados nos casos mais precoces da doença.

Daí, a importância da detecção precoce da retinopatia diabética. Além do estudo da retina através do exame de fundo de olho com o oftalmologista, os diabéticos devem controlar a glicemia, os níveis de pressão arterial, de lipídios (colesterol e triglicerídeos), cumprir as orientações dietéticas, manter peso adequado e praticar atividades físicas.

Tais condutas devem ser acompanhadas pelo endocrinologista, sendo imprescindível que o próprio paciente se conscientize da sua doença e da importância de todas estas atitudes e das limitações que estas lhe impõe.

O exame oftalmológico é preconizado de imediato nos pacientes diabéticos do tipo 2 , concomitantemente ao diagnóstico; e ,após os primeiros cinco anos, nos pacientes portadores de diabetes do tipo 1.