Artigos Médicos

Doação de sangue

Publicada em 23/12/2007 às 00h

A doação de sangue deve ser voluntária, anônima e não remunerada, direta ou indiretamente. No dia da doação, sob supervisão médica, um profissional de saúde de nível superior, qualificado, avaliará os antecedentes e o estado atual do candidato a doador para determinar se a coleta pode ser realizada sem causar-lhe prejuízo e se a transfusão dos hemocomponentes podem vir a causar problemas nos receptores.

A doação pode ser realizada em hemocentros ou em bancos de sangue. Antes de doar, critérios são obedecidos visando à proteção do doador e receptor: o doador de sangue deve ter, no mínimo, 18 anos de idade completos e, no máximo, 65 anos. Candidato cuja idade não esteja dentro destes limites só pode ser aceito em circunstâncias especiais. A freqUência máxima admitida, por ano, é de quatro doações para os homens e de três para as mulheres. O intervalo mínimo entre as doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres. Em caso de doador autólogo, onde o sangue é doado para uso pessoal, a freqUência das doações pode ser programada de acordo com o protocolo aprovado pelo responsável técnico pelo serviço. Nas cirurgias eletivas, sempre que possível, deve ser indicada a realização de transfusão autóloga.

Os materiais e substâncias que entram diretamente em contato com o sangue ou componentes a serem transfundidos em humanos são estéreis, apirogênicos e descartáveis. Todos os materiais, substâncias e insumos industrializados usados para a coleta, preservação, processamento, armazenamento e transfusão do sangue, assim como os reagentes industrializados usados para a triagem de doenças transmissíveis pelo sangue e para a triagem imunematológica, satisfazem à s normas vigentes e estão registrados ou autorizados para uso pela autoridade sanitária competente.

O hábito de doar sangue consiste em atitude altruísta e saudável que deve ser estimulada entre toda a população. Este ato não causa dependência, não traz risco de transmissão de doenças e o sangue doado é rapidamente compensado pela nossa medula óssea. Considerando não existir até o momento um substituto ideal para o sangue, a forma que temos para assegurar sua disponibilidade quantitativa e qualitativamente é estimular sua doação pelo maior número de pessoas possíveis.
Flávia Cristina F. Pimenta

Flávia Cristina F. Pimenta

CRM-PB: 3688

Especialidade: Hematologista

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