A Hipertensão Arterial (HA) é um dos principais agravos à saúde no Brasil. Apresenta alta prevalência em adultos em torno de 28% e 50% nos idosos. Suas complicações apresentam alto custo médico-social, tais como acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca ou renal e doença vascular periférica.

A HA se caracteriza por se associar a alterações metabólicas, hormonais e fatores tróficos. Não apresenta sintomas tornando difícil o controle. Ela se torna mais danosa quando associada a fatores de risco como colesterol alto, diabetes, tabagismo, sedentarismo e obesidade. O impacto desses dados e a perspectiva no controle da pressão arterial através de uma estratégia bem aplicada justifica a alta prioridade que deve ser dada à sua detecção, pelos médicos, tanto clínicos como especialistas.

Apesar da grande variedade de medicamentos anti-hipertensivos, apenas 30% dos hipertensos têm sua pressão arterial adequadamente controlada. Estudos recentes demonstram que dos novos pacientes que iniciaram medicação, 16% a 50% abandonaram o tratamento, fato que leva à s complicações ditas anteriormente.

É livre engano pensar que apenas os adultos são acometidos de Hipertensão. As crianças e adultos jovens devem ter sua pressão arterial medida pelo seu médico, pois o diagnóstico é dado exclusivamente por ele, a quem cabem indicar a conduta e terapêutica adequadas.

O tratamento não visa apenas ao controle da pressão arterial, mas também ao combate eficaz dos fatores de risco: abandono do tabagismo, controle do colesterol e diabetes, atividades físicas regulares, controle do peso corporal com restrição de sal e gordura na dieta. O paciente deve ser incentivado a fazer o tratamento para a vida toda e precisa estar ciente de que somente seu médico poderá modificá-lo."