A doença varicosa dos membros inferiores é freqUente em nosso país. Cerca de 35% da população acima de 15 anos sofre do problema em grau variado, sendo mais acometido o sexo feminino. É também a queixa mais comum no consultório do angiologista.

Os principais fatores de risco para essa enfermidade são: a hereditariedade; a obesidade; muitas gestações; o sedentarismo; a permanência prolongada na posição sentada ou em pé e a constipação intestinal.

Os portadores de varizes podem sentir desconforto, sensação de peso, cansaço e até dores nos membros inferiores. O inchaço pode ocorrer. Nos casos mais avançados, aparecem as complicações, dentre as quais: a tromboflebite (inflamação de veia); manchas escuras e ulcerações (feridas) de perna e a ruptura da variz com sangramento local.

Sobre o tratamento, as medicações orais são usadas para aliviar os sintomas. A escleroterapia (aplicação) está indicada no caso de microvarizes (vasinhos). Para as varizes maiores, recorre-se à cirurgia. Esta tem sido realizada com incisões (cortes) cada vez menores, no intuito de uma recuperação mais rápida e de uma melhor aparência. Afastar os possíveis fatores de risco também faz parte da terapêutica, assim como da prevenção.

Mais do que questão de estética, é preciso considerar as varizes como doença que pode complicar. Devemos ignorar a velha concepção de que "varizes voltam, não adianta tratar". Este pensamento é perigoso e só serve para afastar o paciente de sua saúde.