As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, responsáveis por 17 milhões de óbitos por ano, o equivalente a uma em cada três mortes. Nesse cenário, as opiniões das diversas Sociedades Médicas convergem para uma mesma direção: o controle cada vez mais rigoroso do colesterol. Trinta milhões de brasileiros possuem taxas elevadas de colesterol. Esse excesso é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral.

O Colesterol é uma substância lipídica, que pode ser encontrado tanto na carne de animais e seus derivados (colesterol exógeno, 30% do colesterol total) como sintetizado no organismo pelo fígado (colesterol endógeno, 70% do colesterol total).

O excesso de colesterol no organismo é depositado no interior das artérias formando placas de gorduras, chamadas de ateromas, que gradualmente vão obstruindo a luz dos vasos e tornando difícil o fluxo sangUíneo. Esse processo é chamado de aterosclerose. E o mais agravante é que, na maioria dos casos, esse processo não causa sintomas importantes, podendo ser "o ataque cardíaco ou o derrame cerebral" o primeiro sintoma.

No controle do colesterol, o cardiologista tem papel fundamental na prevenção, diagnóstico e tratamento, pois cerca de 40% dos pacientes que chegam ao seu consultório apresentam níveis elevados de colesterol.

Uma vez diagnosticada a hipercolesterolemia, o tratamento consiste em mudanças de hábitos de vida como adotar uma dieta rica em fibras, baixa em gordura total, gorduras saturadas e colesterol, como também a prática regular de atividade física.

A cada ano, a Associação Americana de Cardiologia reduz um pouco mais os níveis de colesterol considerados aceitáveis. Novas diretrizes divulgadas em setembro passado recomendam que pacientes de risco, como hipertensos, fumantes e diabéticos, tomem as chamadas estatinas - drogas que combatem o colesterol ruim (LDL) - se o nível estiver acima de 100 mg/dl. Abaixo a hipercolesterolemia!