Artigos Médicos

Incontinência Urinária de Esforço

Publicada em 17/07/2005 às 00h

A Incontinência Urinária de Esforço na mulher pode ser definida como a perda involuntária de urina pela uretra, em situações em que há esforço com conseqUente aumento da pressão abdominal (tosse, espirro, mudança de posições, deambulação, prática de esportes). É a causa mais freqUente de incontinência urinária em mulheres, com estudos mostrando sua presença em 14% a 52% das mulheres. Tendo em vista que tal enfermidade acomete uma grande parte das pacientes em idades produtivas com importante comprometimento das atividades laborativas e convívio social, seu diagnóstico e tratamento precoces beneficiam essas mulheres com uma melhora na qualidade de vida e no desempenhar das atividades diárias.

Fatores como o aumento da idade, número de filhos nascidos de parto normal (ou complicações associadas a este), obesidade, diminuição dos níveis de estrógeno no organismo (menopausa, climatério) e cirurgias pélvicas extensas prévias podem estar associados ou agravar o quadro de Incontinência Urinária de Esforço feminina. Os mecanismos básicos implicados na perda da urina são um aumento da mobilidade da uretra feminina, causada por um enfraquecimento do arcabouço musculoligamentar de sustentação da pelve ou um enfraquecimento próprio do esfíncter urinário, que torna impossível o seu completo fechamento durante os esforços.

O diagnóstico da Incontinência Urinária de Esforço na mulher é clínico, onde deve o médico, em seu consultório, valer-se de uma história detalhada da paciente, um exame físico geral, uroginecológico específico e, caso necessário, de exames complementares. Entre estes últimos, destacamos o estudo urodinâmico, que auxiliará principalmente no diagnóstico diferencial com outras causas de incontinência urinária na mulher e na escolha da modalidade de tratamento mais adequada.

Os tratamentos para a Incontinência Urinária de Esforço na mulher dividem-se em não cirúrgicos (tratamento conservador com terapia comportamental, fisioterapia do assoalho pélvico, biofeedback, eletroestimulação, tratamento medicamentoso) e cirúrgicos, devendo a escolha ser individualizada para cada caso, levando-se em conta as vantagens e desvantagens de cada terapia e, principalmente, a opção da paciente. "
Leonardo Fonseca de Andrade

Leonardo Fonseca de Andrade

CRM-PB: 5799

Especialidade: Urologia

Mais artigos de Leonardo Fonseca de Andrade