O ser humano é um todo, uma entidade integrada e não fragmentada em partes independentes. A medicina em geral acumulou uma grande quantidade de informações sobre anatomia, fisiologia, patologia, psiquiatria e, assim por diante, relacionada aos seres humanos. Infelizmente, cada um desses ramos de estudo examinou o indivíduo do seu ângulo particular. A moderna terapêutica tem uma visão fragmentada do ser o humano. Se o fígado estiver afetado, receita-se alguma coisa para o fígado; se o nariz estiver escorrendo, indica-se um remédio para o nariz.

A atividade de um indivíduo se manifesta em três níveis: mental/espiritual, emocional/psíquico e físico (incluindo sexo, sono, alimentação e os cinco sentidos). A Homeopatia (de homeo que significa "similar" e pathos "sofrimento") reconhece os sintomas como a melhor tentativa do mecanismo de defesa para cura e se empenha em cooperar com ele pela lei dos semelhantes. Enquanto a medicina alopática se preocupa em curar uma febre alta, garganta irritada e pontos purulentos interpretando como uma infecção, o homeopata estuda os próprios sintomas em sua totalidade, pesquisando uma substância que reflita da maneira mais próxima possível o quadro total dos sintomas, sendo mais importante para o homeopata os sintomas mais individuais do paciente.

As áreas da existência humana são de importância mais fundamental para o médico homeopata do que os detalhes clínicos reais da doença. O conhecimento clínico, naturalmente, desempenha um papel na escolha do agente terapêutico, mas seu papel é muito menos significativo para a Homeopatia do que para a medicina alopática.