Por definição, temos a catarata sendo a perda de transparência do cristalino, que é a lente do olho, impedindo assim que se forme em nível de retina uma imagem nítida e bem perceptível.

Recentemente, tive a oportunidade de participar em Belo Horizonte (MG) do Congresso Internacional de Cirurgia da Catarata e Cirurgia Refrativa. Pude constatar que as mais modernas técnicas cirúrgicas e tecnologias em termos de aparelhos disponíveis em nível mundial estão também sendo aplicadas em João Pessoa.

A cirurgia de catarata hoje realizada em todo mundo por micro-incisão com implante de cristalino artificial dobrável, sem necessidade de sutura ocular, com internação de curta permanência e restabelecimento precoce da acuidade visual desejada, já é fato há algum tempo em nosso meio. Além disso, já há também a possibilidade de podermos proporcionar ao nosso paciente um efeito refrativo na cirurgia da catarata (Cirurgia Facorefrativa) com o advento das lentes intra-oculares multifocais.

Estas lentes intra-oculares embora de indicação ainda restrita a aqueles pacientes com baixo astigmatismo e atividades profissionais que não requeiram uma visão intermediária de alta definição, obedecendo-se os critérios cirúrgicos preconizados, podem proporcionar ao paciente com catarata a independência total dos óculos.

Os modernos aparelhos de Facoemulsificação que possibilitam a fragmentação do cristalino, por vibrações ultras sônicas e sua aspiração subseqUente, permitem uma cirurgia muito menos traumática, podendo ser realizada precocemente para melhor recuperação da acuidade visual do paciente, sem limitação de seus afazeres cotidianos.

Embora todos estes avanços sejam uma realidade, cada caso deve ser avaliado individualmente, levando-se em conta todos os riscos inerentes a um procedimento cirúrgico invasivo oftalmológico. "