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Histerectomia por Videolaparoscopia

Publicada em 29/07/2007 às 00h

A histerectomia (retirada do útero) é o procedimento cirúrgico não obstétrico mais realizado nas mulheres. As principais indicações deste procedimento são devido a patologias benignas do útero, como mioma uterino (40%), sangramento anormal (10%) e dor pélvica, incluindo a endometriose (13%).

Ela pode ser realizada tradicionalmente por via abdominal ou vaginal. Com as novas técnicas (laparoscopia) se permite que através de pequenas punções na cavidade abdominal introduza pinças na cavidade abdominal, retirando-se o útero sem a necessidade de grandes cortes.

A primeira histerectomia por via laparoscópica foi realizada em 1989 por Reich. No Brasil, a primeira histerectomia por via laparoscópica foi realizada em 1991. Posteriormente, o procedimento difundiu-se por diversos serviços.

O objetivo da cirurgia realizada pela via laparoscópica é o de diminuir o trauma e a morbidade associada à incisão abdominal, o que resulta em um tempo de repouso e afastamento do trabalho bem mais curto. Além disso, não produz grandes cicatrizes o que do ponto de vista estético traz grandes benefícios para a mulher moderna, que cada vez mais prima pelo seu corpo.

De maneira geral, as indicações da histerectomia laparoscópica são as mesmas da via tradicional abdominal: miomas, adenomiose, dor pélvica crônica, endometriose, câncer de endométrio (estágios iniciais) e, mais raramente, em casos de hemorragia uterina disfuncional de difícil controle.

Inúmeras publicações ressaltam as vantagens da histerectomia por via laparoscópica em relação à via tradicional abdominal. Entre elas, baixa incidência de complicações, menor intensidade de dor no pós-operatório, menor perda sanguínea, alta precoce, período de recuperação curto e retorno precoce à s atividades habituais.
Melisandro Almeida de Lacerda

Melisandro Almeida de Lacerda

CRM-PB: 4367

Especialidade: Ginecologia e obstetrícia