A osteoartrose do quadril é um processo de degeneração da cartilagem articular coxo-femoral que se caracteriza por dor no quadril, redução da mobilidade articular em graus variáveis e claudicação, com conseqUente limitação das atividades físicas. Atinge homens e mulheres de todos os grupos étnicos, principalmente em idades avançadas, porém é cada vez mais comum em pacientes mais jovens. Diversas são as causas da osteoartrose do quadril, sendo ela o desfecho comum de várias patologias que acometem esta articulação, como as congênitas, isquêmicas, imunológicas, tumorais, metabólicas, traumáticas e idiopáticas.

O diagnóstico é obtido através de uma anamnese e exame físico cuidadosos. Normalmente, a radiografia simples da pelve é suficiente como exame complementar. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são reservadas apenas para os casos especiais. O tratamento é feito de acordo com a etiologia e o grau de comprometimento articular, podendo, de uma maneira geral, ser medicamentoso, fisioterápico e/ou cirúrgico. A abordagem multidisciplinar é fundamental.

Com relação ao tratamento cirúrgico, existem técnicas mais conservadoras que promovem uma melhora das condições mecânicas e vasculares da articulação, visando a estabilização, ou mesmo a remissão, do processo degenerativo. Como exemplo, temos as osteotomias femorais.

A artroplastia, que é a substituição da articulação por elementos sintéticos (próteses), é uma boa opção para os casos avançados. Este procedimento tem como proposta eliminar a dor e melhorar a mobilidade do quadril, devolvendo qualidade de vida ao paciente. O tipo de prótese para cada indivíduo, bem como o momento para a realização da cirurgia, são fatores de extrema importância, já que a durabilidade da prótese depende da correta indicação, além de outros fatores. A artrodese (fusão da articulação) está indicada somente em casos especiais.