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Atendimento humanizado foi tema de palestra para médicos cooperados

Publicada em 28/09/2009 às 10h30

O ministrante foi o especialista em neurolinguistica, Múcio Morais. O ministrante foi o especialista em neurolinguistica, Múcio Morais.

A busca pela humanização no atendimento ao paciente foi um dos pontos principais abordados durante a da palestra “Logística em serviços de saúde”, realizada na manhã do último sábado (26), no auditório do Hotel Ouro Branco. A apresentação contou com a participação de médicos cooperados e funcionários da Unimed JP.

O ministrante foi o especialista em motivação e programação neurolinguistica, Múcio Morais. Além de filósofo e professor, ele também é consultor e conferencista nas áreas de comportamento, liderança, marketing, gestão e vendas.

Na oportunidade, os presentes puderam participar de atividades de humanização e recreação, e ainda conheceram um pouco mais sobre a relação entre as áreas administrativas e de saúde. Homenagens de familiares e danças entre os participantes também foram os pontos altos da apresentação.

“Essa palestra tratou basicamente do que chamo de logística da Saúde, ou seja, não há aquela logística material, mas aquela logística invisível, psicológica emocional. É fazer com que os médicos e todas as pessoas envolvidas no atendimento, desde a secretária, enfermeiros, portaria, segurança, estejam engajados diretamente no processo terapêutico”, explicou Múcio Morais.

HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO

De acordo com o ministrante, os médicos e gestores precisam ter essa conscientização e que procurem orientar devidamente os seus colaboradores, para procurar tratar o paciente de forma mais humanizada. Existem vários aspectos em relação à doença de uma pessoa e, segundo ele, quando a equipe é preparada e preocupada sempre no bem estar do paciente, ele já entra no ambulatório com a alta-estima elevada.

“Quando a equipe é humanizada, você percebe que o paciente chega ao consultório já preparado para enfrentar o processo terapêutico. Do contrário acontece hoje, a falta de consciência envia para o consultório um paciente que já chegou ruim e saiu de dentro do consultório pior, porque foi tão mal tratado pelos funcionários e médicos, que a situação dele que era grave se tornou gravíssima, e ai o caso torna-se uma situação extremamente complicada de se tratar”, relatou Múcio Morais.

A palestra “Logística em serviços de saúde”, ainda tratou das terminologias terapêuticas, e das formas que o médico deve proceder para criar condições emocionais e psicológicas favoráveis ao bom atendimento do seu paciente. “Porque tratar o ser humano apenas como físico, é no mínimo uma insanidade, um problema sério, uma ignorância médica. O médico deve estar também preparado para tratar do emocional, da alma, do espírito do ser humano”, disse o ministrante.

TRATAMENTO COM O CLIENTE

Ainda segundo ele, antes do atendimento, o médico deve esquecer o lado comercial e procurar interagir diretamente nas questões emocionais de seu paciente. “O médico precisa agradecer ao seu paciente, pela confiança e pela preferência. Ele tem que agradecer ao paciente pela sua história de vida, e isso implica em reconhecer a pessoa do paciente. Não vê-lo como cliente, mas como ser humano, como pai, filho, tio, irmão. O médico precisa entrar nessa situação com gratidão e reconhecimento pelo ser humano que esta na frente dele. Isso eleva e muito a auto-estima do paciente”, disse.

Para ele, é preciso ainda que os profissionais elaborem cada vez mais condições práticas e simples que ajudarão num processo de cura mais rápido e humanizado de seu cliente. “Criar condições físicas, influenciar o ambiente de atendimento para que o paciente se torne emocionalmente mais estável e possa responder positivamente ao processo terapêutico. São coisas simples e ações humanas. Agradecer, elogiar, abraçar, tocar, reconhecer, encaminhar. Coisas que parecem um grande sacrifício quando a gente define que queremos ser profissionais apenas, e esquecemos que além de profissionais somos humanos”, finalizou.    

A palestra fez parte da programação de atividades da Coordenação de Educação Cooperativista, que está ligada à Secretaria de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Humano.