"A Unimed João Pessoa já nasceu predestinada a ser uma grande empresa". A afirmação foi feita pelo médico anestesiologista, José Moreira Lustosa, um dos 106 que assinaram a ata de criação da entidade em 1971. Com uma incrível memória, ele lembrou detalhes importantes da criação da Cooperativa, hoje com 1.591 cooperados.
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Dr. Zuca, como é carinhosamente chamado, recordou que logo após conhecer o modelo da Unimed Santos, Alberto Urquiza Wanderley chegou a João Pessoa fazendo o convencimento de toda a classe médica para fundar a Unimed João Pessoa. "Como eu sempre participei ativamente de gestões de entidades da classe médica (Associação Médica da Paraíba, Sociedade de Anestesiologia da Paraíba, Serviços de Anestesia da Paraíba, diretor da Maternidade Cândida Vargas e do Hospital Universitário) sempre me convidavam a integrar as administrações. Assinei aquela ata em 1971 e, em 1980, fui eleito presidente na Assembleia Geral Ordinária", relembrou.
PIONEIRISMO
Convencer os empresários a assinarem os contratos de prestação de serviço foi a principal dificuldade no começo da instituição, na opinião de Dr. Zuca. Mas a assinatura com o Banco do Estado abriu as portas para outras entidades e empresas. "A Unimed JP nasceu predestinada a se tornar uma grande prestadora de serviços. Desde os seus primeiros anos de funcionamento, sentíamos nela um órgão que inspirava confiança e nascia acreditada pelos seus cooperados, principalmente, por ter sido criada sob o comando do timoneiro e grande líder da classe médica: Alberto Urquiza Wanderley", afirmou.
O médico contou que já nos primeiros cinco anos de seu funcionamento, a Unimed se tornara a maior prestadora de assistência médica da Paraíba. "Eu nunca tive dúvida de que Unimed JP seria uma grande Cooperativa. Marca-me muito o fato de ela ter sido pioneira no Norte e Nordeste e o berço da Federação Norte e Nordeste das Unimeds e da Federação das Unimeds da Paraíba", declarou.
O ginecologista Geraldez Tomaz também é um dos pioneiros na Unimed João Pessoa e confessa não ter imaginado que a Cooperativa se transformaria no que é hoje. "No começo o Dr. Urquiza me queria na organização e eu relutava em aceitar a criação dela, mas acabei concordando. Hoje, a Unimed alcançou grandes dimensões. É quase uma universidade com a melhor estrutura e o melhor hospital do Estado", lembrou o médico.
Ele aposta, no entanto, nos avanços da Cooperativa para engrandecer ainda mais todo o sistema. "Hoje a Unimed é o maior patrimônio médico do Estado, é uma empresa grande. No começo, a dificuldade que tínhamos era de confiabilidade, de os médicos confiarem na cooperativa e de os clientes confiarem em todos. Tivemos a tentativa de outra cooperativa médica - eu não participei -, mas ela acabou não dando certo", disse.
PRESENÇA FEMININA
A pediatra Eliane Socorro Cabral foi uma das cinco mulheres presentes durante a criação da Unimed João Pessoa. Jovem e recém formada, a médica era orgulho da família pela profissão que exercia. Filha de um médico já aposentado na época da criação da Cooperativa, ela foi incentivada a fazer parte daquele plano de melhorar o atendimento médico e as condições de trabalho da categoria. "O sonho do meu pai era ter uma filha médica e ser médica cooperada da Unimed ajudou a realizar esse sonho. Receber o convite para ser cooperada, além de ser uma grande alegria e honra, foi um incentivo a minha carreira", recordou.
Ela disse que aqueles primeiros 106 médicos foram 'pinguinhos' se comparados ao mar de cooperados que existe atualmente, mas foram os responsáveis pelo que hoje é uma das maiores empresas da Paraíba. "Fui procurada por Dr. Urquiza, era recém-formada e fiquei muito honrada com o convite. Naquela época não imaginava que a Unimed teria essa grandiosidade. O número de associados era muito pequeno e o de clientes também. Acho que nunca ninguém pensou que poderíamos ir tão longe", disse.
A médica lembrou que na época da fundação a maior dificuldade era a credibilidade. "Como as pessoas iam ser clientes de uma cooperativa quer não conheciam? Mas, como havia muitos médicos de renome, respeitados pela sociedade, isso contribuiu para as pessoas confiarem na empresa", lembrou.
CONVENCIMENTO
A também pediatra Anleida de Almeida Roque se recorda de ter recebido o médico Alberto Urquiza acompanhado de outros médicos para uma reunião no Amip, hospital que já existia há dois anos. A intenção era convencer a ela e ao seu esposo, o otorrinolaringologista Werton de Medeiros Roque, a fazerem parte da Cooperativa. "Não sabíamos o que era uma cooperativa médica nem imaginávamos que a Unimed viraria o que é hoje, mas sabíamos que a tendência era prosperar", ressaltou.
A reunião deu frutos, a pediatra e seu marido aceitaram o convite. Anleida Roque não se arrependeu da decisão tomada. E à medida que o tempo passava, os médicos e a cooperativa mostravam a seriedade do trabalho e por isso o sucesso alcançado. "Sinto-me bem e gratificada em ver que o movimento que ajudei a colocar a primeira pedra progrediu desta forma, que mudou a saúde da Paraíba. Houve uma reviravolta, na maneira de atender, no comportamento do cliente. A Unimed JP tem grande importância e é um marco para a saúde da Paraíba, que podemos dividir em antes e depois da Unimed", disse.
SUPERANDO EXPECTATIVAS
As lembranças do gastroenterologista José Eymard de Medeiros sobre a fundação da Unimed João Pessoa também estão bem vivas, apesar de já terem se passado 43 anos. Em 1971, ele tinha seis anos de formado em medicina e voltava de uma especialização em São Paulo quando foi procurado pelo oftalmologista Alberto Urquiza Wanderley. "Urquiza estava maravilhado com a Unimed Santos e, imediatamente, começou a procurar médicos para fundar a Unimed João Pessoa. Ele queria o envolvimento dos colegas. Agradeci o convite e participei daquela reunião", lembrou.
No começo havia um descrédito dentro da categoria médica. "O descrédito era tanto que reunimos pouco mais de cem médicos. O que se comentava na época era que médico não conseguia cuidar nem dos seus próprios consultórios, imagina colocar para frente uma cooperativa", relatou.
O médico disse que ele esperava sucesso da Cooperativa, mas não imaginava que seria tanto. "Os dois primeiros anos foram extremamente difíceis, tínhamos apenas seis funcionários e os próprios médicos da diretoria faziam às vezes de office-boy, secretária, nós mesmos entravamos em contato com a imprensa. Certa vez um grupo de médicos descontentes tentou criar outra cooperativa, a Hosplan, que não deu certo. Mas a Unimed opera até hoje, como uma das mais importantes do Brasil, enquanto outras Unimeds operam no vermelho. O plano é aceito pelos melhores médicos, poucos são os planos que concorrem com a Unimed, que teve como um de seus marcos a inauguração do hospital, que merecidamente ganhou o nome de Alberto Urquiza Wanderley", disse.
FAMÍLIA CRESCEU
Se fossemos comparar o crescimento da Unimed João Pessoa pela quantidade de médicos cooperados, poderíamos afirmar que a empresa teve um aumento de 1.400%, afinal, eram apenas 106 cooperados naquele 16 de dezembro de 1971 e hoje são 1.591. Mas, o melhor não está nos números, e sim na qualidade destes médicos e na quantidade de especialidades que eles atendem. Hoje, o cliente Unimed dispõe dos melhores médicos do Estado e a empresa continua atraindo novos cooperados sejam eles recém-formados ou médicos experientes, que vindos de outros estados, vêem na cooperativa a oportunidade de estabelecimento no mercado de trabalho.
A dermatologista Adriana Costa Brás, formada desde 1993 pela Universidade Federal da Paraíba, foi fazer residência médica fora do Estado e por lá ficou durante 18 anos. Quando resolveu voltar para a capital paraibana, a médica - que já era cooperada em Brasília - resolveu procurar a Unimed João Pessoa, para fazer parte do quadro de cooperados por aqui. "Eu já sabia o que significava fazer parte de uma cooperativa, além disso, o mercado de João Pessoa pedia isso de mim. Foi uma forma de me inserir em um mercado, fazendo uma boa medicina, como sempre fiz", comentou.
Por já conhecer o funcionamento de uma cooperativa, Adriana disse que em João Pessoa, sente que o trabalho é mais organizado do que a cooperativa médica que fazia parte antes. Além disso, ela afirma que fazer parte da Unimed JP agrega valor ao trabalho do médico. "Fazer parte da Unimed João Pessoa é ter a oportunidade de exercer medicina privada de qualidade e mais acessível. Além disso, a Unimed tem o melhor corpo clínico da cidade, oferecendo medicina de qualidade e uma infraestrutura de excelência por ter o melhor hospital da cidade", disse.
OPORTUNIDADE
O oftalmologista Carlos Eduardo Nunes Lima afirmou que escolheu fazer parte de uma cooperativa médica por achar que é uma forma mais segura e justa de negociação dos honorários médicos, além de considerar que a união fortalece a classe dos médicos. O jovem médico, formado em 2002, vê em uma cooperativa a oportunidade de aumento do número de pacientes e vantagens típicas como o auxílio doença. "Para mim, a Unimed é um conjunto de bons profissionais, unidos em prol da saúde dos paraibanos", disse.
Formado em 1998, o otorrinolaringologista Marcelo de Almeida Corrêa está na Paraíba há quatro anos e disse ter optado pela Unimed João Pessoa por achar uma forma mais justa de trabalho em relação aos planos de saúde. "Entrar em uma cooperativa ajuda na divulgação do trabalho do médico jovem", disse. Para o paciente, segundo o otorrinolaringologista, a vantagem é a acessibilidade ao tratamento de saúde de qualidade, pois a Unimed consegue dar esta segurança.
Raquel Silveira da Cunha tem as especialidades de ginecologia e obstetrícia e Endoscopia Ginecológica. Formada em 2006, viu na cooperativa médica a oportunidade de ajuda para entrar no mercado de trabalho. "Para o médico recém-formado ajuda a abrir portas. Hoje 70% do atendimento no meu consultório são pela Unimed. Fazer parte dessa instituição faz toda a diferença", afirmou.
Para a sociedade, segundo Raquel, a Unimed JP é o que tem de melhor em atendimento de saúde em atendimento hospitalar. "Minha mãe já era médica cooperada há muitos anos, então foi natural entrar na organização", comentou.
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