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Presidente da Unimed JP faz balanço dos primeiros meses de gestão

Publicada em 07/08/2020 às 07h

O anestesiologista Gualter Ramalho destacou avanços alcançados pela Unimed João Pessoa O anestesiologista Gualter Ramalho destacou avanços alcançados pela Unimed João Pessoa

As palavras de ordem do anestesiologista Gualter Lisboa Ramalho à frente da gestão Unimed João Pessoa são “inovação” e “humanização”. Há quatro meses no cargo de presidente do Conselho de Administração (Conad), ele destaca que uma das bandeiras da Cooperativa é acolher em vez de questionar e que tudo vem sendo feito com muito planejamento. “Estamos investindo em profissionalização, modernização, inclusão digital e atenção primária. Vamos incluir cada objetivo-chave ao longo da gestão”, informa.

O trabalho teve início em meio à pandemia do novo coronavírus, mas Gualter Ramalho destaca que estar preparado foi a base para os bons resultados já alcançados. “Mostramos, em tão pouco tempo, que é possível prestar serviço de excelência, agregar valor, melhorar a entrega e encantar. Todos nós saímos da pandemia de forma mais intensa, forte, solidária e humana. E é esse o conceito e legado do grupo”, declara.

Na entrevista que segue, Gualter Ramalho conta como foi feita a estratégia para lidar com a covid-19 e manter o atendimento de excelência nos demais setores do Hospital Alberto Urquiza Wanderley sem deixar de lado o acolhimento humanizado.

Foi possível pensar em algo além do coronavírus nesses primeiros meses da gestão?

Com certeza, porque começamos o planejamento antes de assumirmos. Durante o processo eleitoral, já havíamos desenvolvido o planejamento para os primeiros 90 dias que, sabíamos, não seriam fáceis. Mas, aos poucos, conseguimos dividir nossa atenção entre a pandemia e a gestão. Contamos com consultorias importantes de planejamento e mercado, e agregamos um time de craques. Receber mais de 82% dos votos nos motivou, ainda mais, a enfrentar os desafios que vinham pela frente. E começamos a trabalhar logo após a publicação do resultado das urnas. Era hora de executar o que planejamos, após entender o que já tinha sido feito, o que faltava fazer e o tempo era curto. O que queremos dizer para o mercado é que chegamos. Chegamos para fazer. Temos hoje executivos na área financeira, na estratégia, no planejamento, no “compliance”, no controle de indicadores, na regulação, nas compras e PMO (projetos). A Unimed João Pessoa está se posicionando no mercado, cada vez mais, como balizadora, líder, e esse time vem para formar um momento diferente e deixar legado.

Quais as prioridades da gestão?

Nossas prioridades são baseadas nos cinco objetivos da campanha: modernização da gestão, inclusão digital, Atenção Primária à Saúde, Ecossistema Unimed e remuneração médica. Em 120 dias, já conseguimos fazer muito com base nessa lista de prioridades, mas sabemos que ainda temos muito a fazer. Contratamos profissionais com perfil técnico e ajustamos o “tamanho da máquina”, o que ajudou a agilizar a implementação das primeiras medidas. Queremos devolver ao médico o orgulho de ser cooperado da Unimed João Pessoa e entregar aos nossos clientes a melhor experiência possível. Não há dúvidas de que somos o porto seguro para quem mais precisa e uma das melhores referências em todo o Brasil. Estamos apenas começando. E com o apoio dos médicos cooperados, vamos ainda mais longe.

Como é enfrentar a gestão de uma instituição de saúde durante uma pandemia?

Um certo amigo me falou que pandemia separa o homem do menino. É certo de que tempos difíceis atraem homens fortes e que homens fortes promovem tempos fáceis. São ciclos da vida. Mas, realço o trabalho de TIME. Chegamos com muita tranquilidade, entendemos o chamado. Encaramos a missão dessa forma e com planejamento detalhado. E os resultados estão à vista, muitas vezes superiores aos de grandes centros como São Paulo, e com conhecimento para compartilhar com todo o Brasil. 

Como foi organizada a estratégia?

O primeiro passo foi criar o Núcleo Estratégico de Enfrentamento à Covid-19, que tem feito um trabalho brilhante. Montamos um time para implantar e ajustar todo o modelo elaborado previamente. A antecipação foi a regra, sempre com tomada de decisão baseada em indicadores e curvas de tendência. Desta forma, implantamos medidas assertivas a exemplo da criação do duplo fluxo no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, iniciado na gestão anterior, que garantiu que clientes com covid-19 e outros com patologias diferentes fossem atendidos com total segurança. Outras medidas importantes foram transformar o Hospital Moacir Dantas em referência para pediatria, transferir as pacientes gestantes e os oncológicos, de forma escalonada, isolar o sexto e quinto andares para fluxo exclusivo covid e ampliar leitos para UTI... Tudo sem qualquer sobressalto. Com essas mudanças, entre outras, valorizamos o médico cooperado e o nosso cliente ao mesmo tempo. Buscar parcerias com órgãos como a prefeitura de João Pessoa, o governo do Estado, o Ministério Público e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) também foi fundamental para enfrentar esse momento. Consolidamos as relações institucionais e realizamos transferência de tecnologia de forma ativa e solidária.

Quais inovações o senhor poderia apontar no tratamento da covid-19?

Reunimos um grupo de aproximadamente 30 PhDs para pensar como iríamos tocar o projeto, que foi sendo refinado, e tivemos o cuidado de firmar parcerias. Nós, acadêmicos, respiramos ciência e trouxemos para a prática todas as evidências disponíveis e inovamos: fomos o primeiro hospital do Norte e Nordeste a utilizar o plasma convalescente no tratamento da covid-19, o primeiro e único com cateter nasal de alto fluxo, tomografia de bioimpedância elétrica, implantamos a teleconsulta e passamos a usar robô no atendimento no Hospital Alberto Urquiza Wanderley. Conseguimos implantar uma série de inovações em menos de três meses. O talento a gente faz em casa e tive o mérito de reunir pessoas. Para tal, ajudou a nossa credibilidade de professor, a intensa vida laborativa e contínua participação na assistência e ensino da saúde. Esse legado atraiu pessoas boas e qualificadas, que estavam escondidas e algemadas. Tiramos as algemas e deixamos todo mundo sonhando. Só quero reforçar o agradecimento às instituições que têm sido grandes parceiras da Unimed João Pessoa, a exemplo das já citadas anteriormente.

Como a gestão ajudou os cooperados, que precisaram fechar seus consultórios nesse período?

Entendemos que, mais do que nunca, a força da nossa Cooperativa teria que se fazer presente para unidos vencermos a pandemia e os desafios do presente e do futuro. Criamos o Plano de Auxílio Financeiro (PAF) para minimizar as perdas dos cooperados e dos prestadores de serviços médicos com a pandemia. O plano consistiu no adiantamento de um percentual da produção médica, com base na média registrada em 2019. Todos os cooperados e prestadores médicos sem nenhuma pendência junto à Cooperativa puderam aderir, voluntariamente, ao PAF. Esses valores adiantados só precisarão ser restituídos a partir de abril do próximo ano.

Houve perda de clientes por causa da pandemia?

Houve perda, mas vendemos mais do que perdemos. Implantamos um canal de vendas on line e realizamos ações de marketing que nos proporcionaram excelentes resultados, principalmente quando consideramos o desafiante cenário. Em junho, por exemplo, aumentamos em 50% o número de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Mesmo na pandemia, e com a perda progressiva relacionada às demissões nos planos coletivos de pequenas e médias empresas, com a situação muito crítica do ponto de vista financeiro, conseguimos ajustar e apresentar dados superavitários. Mas, estamos só iniciando.