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Saiba o que é puerpério e entenda a importância de uma rede de apoio à mulher nesse período

Publicada em 26/11/2021 às 07h

O puerpério, período que dura no mínimo 45 dias após o nascimento do bebê, é marcado por muitas mudanças para a mãe: turbilhão de emoções O puerpério, período que dura no mínimo 45 dias após o nascimento do bebê, é marcado por muitas mudanças para a mãe: turbilhão de emoções

A "montanha-russa" emocional que acontece com a maioria das mulheres durante a gravidez não acaba no parto. O puerpério, período que dura no mínimo 45 dias após o nascimento do bebê, também é marcado por muitas mudanças para a mãe, tanto físicas quanto emocionais. A puérpera, além de ter que lidar com essas mudanças, precisa atender às necessidades do recém-nascido e, por esse motivo, uma rede de apoio pode ajudá-la nesse período tão desafiador e, ao mesmo tempo, apaixonante da vida da mulher.

Nos primeiros dias, há um turbilhão de emoções que se somam a carência de sono, dor física, isolamento social, mudança na percepção de sua imagem corporal e até de sua identidade. “A mulher e seu bebê, que antes eram um, agora passam a ser dois, interligados pela dependência do recém nato. Isso gera autocobranças que podem levar a quadros mentais que precisam ser percebidos e corrigidos a tempo de não se transformar em estágios mais severos de depressão ou psicose puerperal”, destaca a ginecologista cooperada do plano de saúde Unimed João Pessoa, Maria Morais.

Estatisticamente, a prevalência de sintomas de tristeza é mais intensa entre o 3° e 5° dia do puerpério, geralmente relacionados às alterações hormonais e entre 50% e 85% das mulheres apresentam algum sintoma depressivo neste período, conhecido como baby blues. Já a depressão, que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge 25% das mães, os sintomas são mais profundos e duradouros. “Por isso, se percebe a necessidade de uma rede de apoio na qual a mulher possa se sentir segura, acolhida, encorajada para superar as mudanças”, alega.

As mudanças corporais se somam aos cuidados com o bebê, autocuidado, amamentação, planejamento familiar, sexualidade e também o relacionamento. “O parceiro, muitas vezes, também tem conflitos como disputa de afeto, por exemplo”, expõe a ginecologista.

O QUE FAZER

A psicóloga da equipe de Promoção da Saúde do Plano de Saúde Unimed João Pessoa, Monique de Fátima, orienta como auxiliar a mulher durante essas mudanças e alterações no corpo e na rotina de sono e a amamentação. “Os cuidados necessários são primeiramente os preventivos, investir atenção, dedicação, tempo e afeto para ajudar a mãe evitando que ela adoeça. Caso ela já esteja doente, os mesmos investimentos são necessários para o tratamento”, explica.

Para Monique, a rede de apoio tem seu papel na divisão justa de tarefas que este momento requer. “Não é justo esperar que alguém com diversas alterações físicas — inclusive dores — e emocionais tenha que dar conta de si e de outra pessoa totalmente dependente”, alerta.

É aí que a rede de apoio, que é a família, amigos e sociedade, precisa agir e assumir seu papel. “Apoiar pode ser cuidar do bebê, arrumar a casa, cuidar da mãe, do pai, dos irmãos do bebê. Assim como fazer as refeições, lavar e passar a roupa, ouvir as novas experiências e tantas outras atividades cotidianas que se acumulam nos primeiros dias e meses da chegada de um bebê ao seu lar”, completa.