A Catarata é uma das maiores causas de baixa acuidade visual em pacientes diabéticos, com chance de aparecimento 2 a 4 vezes maior do que nos não-diabéticos. Esta chance aumenta em torno de 15 a 20 vezes em indivíduos mais jovens, aqueles com até 40 anos de idade. Tanto o controle metabólico deficiente quanto o tempo de duração da doença influenciam significativamente no desenvolvimento da opacificação cristalina (Catarata).

Podemos encontrar dois tipos de Catarata no paciente diabético. A mais freqUente delas é a Catarata Senil, que aparece precocemente e pode progredir mais rapidamente em um diabético do que em um paciente não-diabético. O segundo tipo mais comum é a Catarata Sub-Capsular (""Catarata diabética verdadeira""), mais encontrada em jovens com quadro clínico descompensado, que se relacionam com as alterações no metabolismo, com conseqUente aumento de glicose no cristalino, gerando uma super-hidratação osmótica no cristalino.

O exame retiniano pré-operatório é mandatório para que se detecte e/ou se quantifique o estágio da Retinopatia Diabética, permitindo uma terapêutica adequada.

Portanto, a cirurgia de Catarata em diabéticos deve ser realizada mais precocemente, mesmo em cataratas menos densas, antes do aparecimento da Retinopatia Diabética. Recentes avanços na cirurgia de Catarata melhoram o prognóstico pós-operatório da Retinopatia Diabética através da mais moderna técnica de Facoemulsificação (geralmente sem pontos), por exemplo, conseguindo a realização de uma cirurgia (facectomia) menos traumática, proporcionando recuperação visual mais precoce e com maior segurança.