É crescente o número de casos de câncer intestinal (colorretal) no Brasil e, absurdamente, nunca houve investimento público nacional para prevenção dessa doença em campanhas do porte daquelas realizadas para os cânceres de próstata, mama e colo do útero. Mas, recentemente, o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), em parceria, distribuíram 2 tipos de cartilha para prevenção e identificação precoce do Ca Colorretal, destinando uma aos profissionais da área básica de saúde e outra para a população, elucidando as diretrizes para o enfrentamento da morbidade.

Assim, orienta o profissional para a solicitação da pesquisa de sangue oculto nas fezes (a partir de 50 anos de idade) e para a identificação dos pacientes com \"fatores de risco\", que deverão ser encaminhados ao proctologista (são aqueles com antecedente familiar de Ca Colorretal, portadores de RCUI ou Crohn, Síndromes Hereditárias Polipóides ou aqueles pacientes com a presença de 2 ou mais \"sinais de alarme\", a saber: a presença de sangue nas fezes, cólica abdominal por mais de 30 dias, alteração do hábito intestinal para constipação ou diarreia, anemia e emagrecimento).

Paralelamente, orienta-se a população desestimulando o \"comportamento de risco\" para o surgimento do Ca Colorretal, com o combate ao sedentarismo, ao fumo, e à ingestão de álcool, evitar o consumo de carnes processadas (presunto, mortadela, salsicha) e de defumados, reduzir o consumo de carnes vermelhas (máximo de 500g/semana) e de alimentos com alta densidade energética (aqueles com mais de 275cal/100g), eliminar o sobrepeso, beber cerca de 2 litros de água/dia e ingerir diariamente alimentos ricos em fibras (legumes, verduras, frutas).

Prevenção é a chave!