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Psoríase e qualidade de vida

Publicada em 23/09/2011 às 15h45

A psoríase é uma doença inflamatória da pele e articulações, de repercussão sistêmica, crônica e recorrente, caracterizada pelo aumento da camada da pele (epiderme), apresentando um ciclo evolutivo acelerado de suas células (ceratinócitos), associado a uma ativação imune inapropriada. A forma mais frequente é caracterizada por extensas placas vermelho-descamativas bem delimitadas, acometendo preferencialmente áreas de traumas (mãos, cotovelos, entre outros), mas podendo se instalar em qualquer área do corpo.

Vários fatores têm sido implicados como desencadeadores e agravantes da psoríase. Entre eles, podemos destacar os traumas cutâneos de diversas naturezas: físico, químico, elétrico, cirúrgico e inflamatório; infecções, determinadas drogas; estresse emocional; fumo; e álcool. A luz solar, apesar de melhorar a psoríase, pode também ser prejudicial quando houver exposição solar aguda e intensa.

A psoríase traz grandes prejuízos nos aspectos sociais, físicos e ambientais, acarretando um comprometimento na qualidade de vida do portador. Apesar de não ser uma doença contagiosa, a psoríase pode ser confundida como tal, ou ser interpretada por outras pessoas como uma doença ou condição diferente. Estas ideias pré-concebidas contribuem para a exclusão dos doentes psoriásicos em locais públicos, como as piscinas, escolas, atividades de trabalho e também no próprio convívio familiar.

Na atualidade, existem muitos pesquisadores no Brasil e no mundo investigando a psoríase, com importantes avanços no conhecimento da sua fisiopatologia e tratamento. O resultado dos estudos traz, como consequência, o controle das suas diversas formas de apresentação clínica e comorbidades, contribuindo para o resgate do impacto negativo da qualidade de vida que essa doença exerce em seus portadores.

 

Esther Palitot

Esther Palitot

CRM-PB: 4444

Especialidade: Dermatologista

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