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As cirurgias da próstata

Publicada em 25/03/2007 às 00h

Dúvidas e receios acerca da cirurgia da próstata são freqUentes na prática diária dos urologistas. As principais preocupações giram em torno da potência sexual e do controle sobre a urina, tão importantes para uma boa qualidade de vida.

É importante esclarecer que há duas indicações básicas para se operar a próstata: uma para doença benigna e outra para doença maligna, as quais são realizadas de forma totalmente diferentes, apesar de serem generalizadas pelos leigos com o nome único de cirurgia da próstata.

A cirurgia da próstata para o tratamento da doença benigna (hiperplasia) está indicada quando a próstata do paciente está com volume aumentado, causando dificuldade e esforço para urinar. Nesse caso, como apenas a parte de dentro da próstata é retirada (adenoma), a cirurgia é relativamente rápida e são raros os casos de impotência e incontinência (vazamento de urina). Dependendo do tamanho da próstata e de outros fatores, a cirurgia para doença benigna pode ser efetuada por via endoscópica (pela uretra) ou da forma tradicional aberta.

A cirurgia da próstata para o tratamento curativo do câncer, chamada de radical, está indicada quando o tumor é diagnosticado no início e as condições clínicas do paciente assim o permitirem. Na cirurgia radical, em razão da retirada total da próstata, o risco de disfunção erétil e de incontinência está presente, porém, esses riscos podem ser mais ou menos prováveis, dependendo do caso, do próprio paciente e de técnicas cirúrgicas de preservação dos nervos da ereção e do colo vesical.

Portanto, as cirurgias da próstata, quando bem empregadas e realizadas por urologistas capacitados, podem curar uma neoplasia maligna ou resgatar o prazer de urinar bem antes prejudicado pela hiperplasia benigna.
Alexandre Aranha Trigueiro

Alexandre Aranha Trigueiro

CRM-PB: 4928

Especialidade: Urologia

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