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Doenças comuns no verão - Parte I

Publicada em 07/12/2008 às 00h

Estamos ainda na primavera, que se iniciou no dia 22 de setembro e termina dia 21 de dezembro, quando se abre o verão, período mais quente das estações, coincidente com o final do ano e início da temporada de férias e veraneio.

Durante o verão, é comum a ocorrência de algumas doenças devido ao descuido, excesso ou abuso praticado nas atividades diárias. As pessoas mais acometidas nesta época do ano são as crianças e os idosos. Há aumento no atendimento, nos hospitais e PSFS, de pacientes com insolação, desidratação, intoxicação alimentar, micoses, dengue, herpes e bicho de pé.

A insolação é provocada pela exposição prolongada e excessiva das pessoas aos raios solares, tendo como conseqUências imediatas a irritação da pele, vermelhidão, queimaduras leves ou graves com formação de bolhas. A ocorrência destes problemas depende da hora e tempo de exposição; podendo ainda levar o indivíduo a um quadro de desidratação. Os sintomas iniciais são ardor e dor. Os efeitos tardios são sentidos com o envelhecimento da pele "" pele seca, manchas marrons, perda da elasticidade e enrugamento do tegumento, especialmente nos indivíduos de pele clara, além do muito temido aparecimento do câncer de pele.

A desidratação é a perda de líquidos e sais minerais. Com eliminação da água pela transpiração (suor), aparece muita sede, constituindo-se no principal sintoma, além de boca seca, vômitos, diarréia, dor de cabeça. É ainda observada eliminação de pouca urina, podendo em alguns casos haver o aumento da temperatura corpórea.

Com freqUência, a desidratação está associada a quadros clínicos de intoxicação alimentar ocasionando infecção intestinal, provocada pela ingestão de alimentos mal conservados ou contaminados, ingeridos nos restaurantes, bares, barracas e vendedores ambulantes nas ruas, clubes e praias.

Para prevenir a desidratação, é aconselhável a ingestão de líquidos freqUentes, água, água de coco, sucos (de preferência naturais), frutas e refeições com alimentos de fácil digestão. É importante evitar a exposição solar entre 10h e 15h, quando os níveis de radiação solar são persistentemente altos. Pela manhã e ao entardecer, a luz do sol tem menos efeitos danosos à pele, entretanto, ainda assim é aconselhável o uso de protetores 15 minutos antes da exposição, repetindo-se a cada 2 horas, mesmo nestes horários.

Desfrute suas férias respeitando as leis da natureza, pois o "Rei Sol" não perdoa quem abusa da sua presença.
Francisco Orniudo Fernandes

Francisco Orniudo Fernandes

CRM-PB: 1396

Especialidade: Infectologia

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