Artigos Médicos

Esclarecendo sobre meningites

Publicada em 24/05/2009 às 00h

O pânico tomou conta de toda a cidade, na quinta-feira passada, devido à internação de duas crianças com suspeita de meningite, levando o colégio onde elas estudam a suspender as aulas durante dois dias seguidos, como medida de segurança, segundo uma de suas diretoras. No meu entendimento, mesmo que os casos fossem confirmados como meningite meningocócica, bastava fechar a sala de aula que eles frequentam para fazer a desinfecção.

A meningite é uma doença do sistema nervoso causada pela inflamação das meninges, que são as membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal. Ela é causada principalmente por bactérias e vírus. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, através da eliminação de secreções pela tosse, espirro e beijo.

Os principais sinais e sintomas são febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos persistentes, dor e rigidez da nuca, prostração e toxemia. Nas crianças pequenas, a irritabilidade, abaulamento da fontanela (moleira) e convulsão são achados frequentes. Presença de lesões na pele e nas mucosas podem ser detectadas, manchas avermelhadas ou vinhosas (petéquias), na pele e nas mucosas, nas meningites meningocócicas e pneumocócicas.

As meningites que necessitam isolamento hospitalar durante 48 horas são Meningocócica e por Haemophilus Influenzae.

O Ministério da Saúde recomenda a prevenção da meningite meningocócica para os contatos íntimos, sobretudo, os familiares, quando confirmado surtos epidêmicos.

A vacina não deve ser administrada aleatoriamente e precipitadamente porque é preciso a identificação do tipo da bactéria. A prevenção imediata com antibiótico deve ser orientada por profissional de saúde.
Francisco Orniudo Fernandes

Francisco Orniudo Fernandes

CRM-PB: 1396

Especialidade: Infectologia

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