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Medicina e espiritualidade

Publicada em 28/12/2008 às 00h

Neste mundo onde o conceito de uma verdade universalista ainda está em formação, ainda imperam as meias verdades. Nesta sociedade cada um traz consigo o que crê lhe ajudar a explicar o mundo e ajudar a enfrentar os inevitáveis embates diários.

Na luta contra as doenças, mais ainda na busca de uma saúde plena, busca-se uma vida cheia de realizações. A própria busca da felicidade. Não se pode ser plenamente feliz se estando doente.

Diz a Organização Mundial de Saúde: "Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade" (1948). Saúde é também a menor possibilidade de encontrar a doença. Para tal, há que se ter uma atitude pró-ativa nos comportamentos (atividade física, dieta adequada, etc); uma boa organização do Sistema de Saúde; um meio ambiente saudável (solo, água, moradia, trabalho, etc).

Nesta busca da saúde plena, a Medicina não pode esquecer que o homem não é apenas um ser biológico. É também um ser psicológico. E mais: ainda é um ser Espiritual.

Para aqueles que já se libertaram da antiga e intransigente querela entre ciência e religiosidade, onde ambos os lados se equivocaram, o conceito de saúde é ampliado. O Homem é também um ser transcendental, onde o seu espírito também busca a saúde. Como oferecer saúde a esta porção essencial do nosso ser, quando ainda esta mesma porção é negada? Negada por quem deveria buscar oferecer uma saúde plena à humanidade. Não basta ter o melhor Sistema de Saúde, como os países Nórdicos, e ter altos índices de suicídio. Falta colocar nesta equação a nossa porção espiritual, além da bio-psíquica. Colocar a existência de um ser que precede e transpassa a morte física.

Nesta época do ano há um clima propício para ampliarmos os nossos conceitos em direção a uma saúde realmente plena: Bio-Psico-Espiritual.
Islan Nascimento

Islan Nascimento

CRM-PB: 4936

Especialidade: Otorrinolaringologista

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