Em vários estudos, dados mundiais informam que seis em mil recém-nascidos vivos apresentam alguma forma de perda auditiva. Estas podem variar de graus diferentes: leve, moderada, severa e profunda. Elas também podem apresentar localizações diferentes, determinando o tipo de disacusia (distúrbio auditivo):

- Orelha externa e/ou média: provocam perda de condução da onda sonora (Disacusia de Condução);

- Orelha interna: a lesão encontra-se na cóclea (Disacusia Sensorial);

- Vias auditivas:VIII PAR, tronco cerebral, córtex auditivo cerebral (Disacusia Neural);

- Disacusia mista: combinação das três citadas acima.

A audição é o elemento fundamental da comunicação humana. Veja abaixo o quadro do desenvolvimento da linguagem:

4 meses: a criança balbucia ou "canta" o som de uma vogal; vira-se para ouvir; reconhece o som da voz de um genitor.

7 meses: ri alto; olha em direção ao som quando o ouve e balbucia usando principalmente vogais.

10 meses: vibra a língua entre os dentes; diz "mamã" ou "dadá"; e entende "não".

14 meses: usa palavras "mamã" e "papá" para o genitor correto; obedece a um comando (como "pára", "vem cá", "me dá").

18 meses: é capaz de identificar objetos em figuras (por exemplo, cão, xícara e bebê); vocabulário com múltiplas palavras (4-5).

2 anos: Criança pronuncia várias frases com duas palavras; vocabulário com 30-60 palavras.

Mais de 2 anos: usa "me" e "você" (porém pode trocar o sentido); vocabulário pode aumentar para 500 a mil palavras. Portanto, se a criança não desenvolve o dom da fala, provavelmente é portadora de algum tipo de disacusia. Em caso de suspeita de problemas, é importante procurar a orientação de um otorrinolaringologista.