O sangramento nasal tem a denominação de Epistaxe. Dependendo da localização, ele poderá ser dividido em: - Posterior: É menos freqUente, porém de maior gravidade. Atinge artérias de calibre maior, como a Esfeno-Palatina e a tmoidal Posterior, cujo tratamento necessita de uma intervenção mais agressiva pelo especialista, por ser perigosa, podendo levar a óbito.

- Anterior: É a mais freqUente, entretanto, exibe menor gravidade. Atinge artérias de calibre menor, como o Plexo de Kisselbach. Estes sangramentos anteriores podem e devem seguir uma seqUência de tratamento, iniciada pela compressão digital, seguida da cauterização da artéria, do tamponamento, ligadoras e etc.

Aqui, eu quero me deter na compressão digital como forma de orientação à população. É comum na voz do povo a afirmação: - Sangrou o nariz, basta tapá-lo e colocar a cabeça do indivíduo para trás que pára de sangrar. Claro que pára, pois o sangue corre pela naso-orofaringe (garganta) e é engolido, vindo em seguida o vômito com este fluido.

O correto é fazer a compressão digital na região da "asa do nariz" com os dedos polegar e indicador, por 5 minutos, colocando sucessivamente a cabeça do indivíduo para frente. Observa-se, assim, que contradiz com o ditado popular. Com este procedimento simples, iremos parar o sangramento anterior na sua grande maioria das vezes.

Desta forma, podemos afirmar que, na medicina, nem sempre a "voz do povo é a voz de Deus".