O Papiloma vírus humano (HPV) atinge cerca de 30% das mulheres entre 15 e 60 anos de idades, o que tem assustado as mulheres, pois está associado ao câncer do colo do uterino. Porém não há motivo para pânico, pois apenas 6% daqueles que têm o vírus desenvolvem a doença.Contudo, é bom ficar alerta e saber mais sobre o HPV, tendo em vista que a cada dia cresce o número de mulheres infectadas pelo vírus. Além disso, dados constam que 95% das mulheres que têm câncer no colo uterino antes foram infectadas por este vírus que, só no Brasil, é responsável por mais de 7000 vítimas fatais anualmente.

O HPV é um vírus cosmopolita, citopático, espécie que infecta a pele mucosa, afetando a área genital feminina podendo se alojar tanto no colo do útero, vagina e vulva, como também na área genital masculina. A infecção pelo HPV é altamente contagiosa e a transmissão é intrapessoal direta, adquirida pelo contato com a pele ou mucosa infectada, que se dá principalmente através de relação sexual. Mas, nem sempre é assim. Um estudo realizado em 1991 na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, detectou o vírus do HPV em 20% de 467 jovens virgens, que participaram da pesquisa.Além disso, cientistas já encontraram DNA do vírus na conjuntiva ocular, na laringe e até na pele da palma das mãos. "Chamar a infecção por HPV de uma doença venérea é uma atitude ultrapassada", afirma a ginecologista Noely Sesma Cruz do Hospital Universitário da USP. O contágio também pode acontecer de mãe para filho, durante o parto.

O diagnóstico de suspeita do HPV é feito através do Papanicolau (exame preventivo mais comum) e Colposcopia (Exame feito por aparelho colposcópio); já o diagnóstico de certeza é feito através de Biopsia (retirada de pequeno pedaço do tecido para anátomo patológico) e pela Captura Híbrica (é o exame mais moderno para fazer o diagnóstico do HPV). O objetivo do tratamento é mover ou destruir as lesões clínicas ou subclínicas do tecido afetado e prevenir contra a transmissão do HPV. A forma do tratamento depende de diversos fatores: idade da paciente; o local da lesão; se a mulher está grávida ou apresenta alguma outra doença ginecológica.