A glândula tireoide é um órgão do sistema endócrino, produtora dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), que são responsáveis pelo controle de diversas partes do metabolismo do corpo humano.

O câncer de tireoide, que é o tipo de câncer endócrino mais comum, tem aumentado sua incidência com o tempo. Estima-se que, anualmente, 18 em cada 100 mil mulheres desenvolvem câncer de tireoide no Brasil. De acordo com a American Cancer Society, a estimativa anual para o câncer de tireoide tem aumentado de 18.400 novos casos em 2000 para 48.020 novos casos em 2011. Esse aumento se deve, em parte, ao aumento dos casos em nódulos tireoideanos menores que 02cm (90%) e nódulos tireoideanos menores que 01cm (50%), sendo também este fenômeno explicado pelo aumento do diagnóstico precoce através de exames de tireoide, solicitados por outros motivos clínicos. A típica apresentação do câncer de tireoide é em paciente feminino de 30 a 50 anos com um nódulo palpável no pescoço que representa um nódulo tireoidiano ou um linfonodo cervical.

A frequência em mulheres é maior que nos homens e, quando o diagnóstico é feito, os nódulos tireoidianos são habitualmente de 1 a 4 centímetros, apresentando metástases linfonodais em um terço dos casos, mas raras vezes metástases à distância são encontradas.

Deve-se ter atenção aos sinais clínicos como rouquidão, dificuldade para engolir, tosse, nódulo endurecido, ou dor em região anterior do pescoço, dificuldade para respirar, sensação de aperto no pescoço. No caso destas sintomatologias, deve-se procurar o endocrinologista ou o cirurgião de cabeça e pescoço. O câncer de tireoide tem como tratamento a cirurgia chamada tireoidectomia, podendo-se ou não complementar com radioiodoterapia.

O diagnóstico e tratamento desta entidade envolvem uma equipe multidisciplinar. Em caso de suspeita, procure um endocrinologista ou um cirurgião de cabeça e pescoço. Essas especialidades devem trabalhar sempre em conjunto para que se possa proporcionar melhores resultados para a saúde do paciente.