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Doença de Paget da mama

Publicada em 21/08/2011 às 11h36

A Doença de Paget da mama foi descrita inicialmente em 1875, por um cirurgião britânico chamado James Paget. O nome da doença também se refere a uma patologia óssea, benigna, que nada tem a ver com a da mama.

A Doença de Paget da mama tem como sinal inicial uma lesão avermelhada e com descamação (semelhantes a eczema e psoríase) da pele do mamilo. Pode cursar com ardência ou coceira local que evolui para ulceração (ferimento), estendendo-se para a aréola. Algumas vezes, ocorre sangramento. Em cerca de 50% dos casos há nódulo mamário palpável.

Como já foi dito, como diagnóstico diferencial temos o eczema e a dermatite de contato que são provocados, muitas vezes, por reação alérgica ao sutiã de tecido sintético, principalmente o de renda de nylon e a psoríase, uma enfermidade que também acomete outras partes do corpo. É uma doença rara e é o primeiro sinal de câncer de mama em cerca de 0,5 a 4,3% dos casos. Geralmente, acomete apenas uma das mamas e raramente ocorre em mulheres abaixo dos 30 anos de idade, sendo mais frequente após os 50 anos.

Além do exame clínico, a mamografia (de acordo com a idade da paciente) e a ultrassonografia são importantes no diagnóstico, que é confirmado pelo exame histopatológico do fragmento biopsiado da lesão. O tratamento depende do tipo de carcinoma (intra ductal ou invasivo) associado.

A Doença de Paget da mama no seu estado inicial pode passar despercebida pela mulher já que o desconforto é pequeno. Por isso, é importante que o autoexame das mamas seja realizado periodicamente e que se procure um mastologista regularmente.

Débora Cavalcanti

Débora Cavalcanti

CRM-PB: 4059

Especialidade: Mastologista

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