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Prótese de silicone e câncer de mama

Publicada em 17/05/2013 às 17h

As mamas têm grande importância para a mulher. Além da nobre função de aleitamento, são de alto valor no que diz respeito à sensualidade.

Há relatos de que na Ilha de Creta, em 2000 a.C, as mulheres utilizavam tiras para modelá-las. E de que na época da Renascença, com o objetivo de se tornar mais atraentes, as mulheres usavam o espartilho que, além de afinar a silhueta para deixá-las no padrão de beleza da época, promovia a elevação das mamas dando a impressão de que eram maiores, e as exibiam em grandes decotes.

No final do século 19, foi inventado o sutiã que evoluiu a tal ponto que, nos dias de hoje, além de sustentar as mamas, pode aumentar, moldar e aliviar as dores. Se utilizado no tamanho adequado, é um grande aliado na beleza e sensualidade feminina.

A maneira recomendada de aumentar as mamas, em caráter definitivo, é a colocação de próteses mamárias de silicone que devem ser indicadas e implantadas pelo especialista. Não há nenhuma relação causal entre implante de prótese mamária de silicone e o surgimento de câncer de mama. A reconstrução mamária após a mastectomia é feita, na maioria dos casos, com técnica que utiliza a prótese mamária de silicone.

É frequente o questionamento das pacientes sobre a possibilidade das mamas que sofreram implantes desenvolverem câncer e se estas dificultam o rastreamento da doença. A resposta é não. Não, a prótese de silicone não causa câncer de mama. Se esta tivesse relação com o aumento da incidência do câncer de mama ou com a dificuldade no diagnóstico, não haveria justificativa para seu uso.

Como toda mulher após os 40 anos, aquela que tem prótese mamária de silicone deve, além da consulta rotineira para avaliação das próteses com o cirurgião que as implantou, se submeter à mamografia como forma de rastrear o câncer. A colocação de implantes de silicone com finalidade estética não atrapalha a realização de mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. O autoexame pode ser feito normalmente, pois não há tecido mamário abaixo das próteses.

É importante lembrar que o autoexame não substitui a consulta médica e/ou exame de rotina.

 

Débora Cavalcanti

Débora Cavalcanti

CRM-PB: 4059

Especialidade: Mastologista

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