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Curvas de função ventricular: aspectos históricos I

Publicada em 03/04/2011 às 10h22

O desenvolvimento das novas técnicas instantâneas de registro e volumes, movimentos e pressões, por volta de 1950, permitiu estudar as mudanças funcionais de maneira mais fisiológica e mostrar que as modificações no volume sistólico de expulsão e no débito cardíaco não de deviam apenas a alterações prévias do volume diastólico, conforme as postulações de Starling et al. Para esclarecer as discrepâncias emergentes, Stanley Sarnoff et al. publicaram a partir de 1964 uma série de experiências capazes de aperfeiçoar o entendimento da função cardíaca. Trabalhando num laboratório de fisiologia da Haward University mostraram que a função ventricular poderia ser evidenciada por uma "família" de curvas - e não apenas por uma curva isolada - e que o desempenho cardíaco dependia não só da distensão diastólica, mas de modificações paralelas no estado inotrópico da fibra.

A partir de estudos em cães com os corações expostos por toracotomia - os nervos vagos seccionados à aorta e os átrios direitos e esquerdos canulados -, fizeram medidas e construíram gráficos relacionando o trabalho sistólico do ventrículo esquerdo e as variações de pressão do átrio esquerdo, presumivelmente representando correspondente distensão ventricular.

 

Fernando Lianza Dias

Fernando Lianza Dias

CRM-PB: 2547

Especialidade: Cardiologista

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