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Doenças do inverno

Publicada em 04/07/2010 às 00h

Chegam as chuvas e com elas vêm o frio e a umidade, que trazem os ácaros, os fungos (mofo), e as mudanças bruscas de temperatura que vão produzir as alergias respiratórias. As rinites e rinossinusites são mais frequentes e cursam com espirros, coriza, obstrução nasal e dor de cabeça. A asma brônquica, mais grave, aparece com tosse, expectoração, dispneia (cansaço) e chiado.

Mas o frio também obriga as pessoas a ficarem mais dentro de casa. Nesse período, elas se aglomeram, ficam mais juntas, favorecendo a transmissibilidade dos vírus, que ocorre através da tosse e espirros das pessoas infectadas.

Resumindo: maio, junho e julho são meses de muita tosse, secreção, coriza e cansaço. É de absoluta importância saber que esses quatro sintomas podem estar presentes tanto nas alergias como nas viroses respiratórias. E como distinguir? A febre é a fronteira que vai separar a gripe e o resfriado comum da rinite e da asma. Lembrando que a gripe sazonal, provocada pelo vírus Influenza, ao contrário do resfriado (dor de garganta, sintomas nasais, febrícula), pega pesado. São cinco dias de febre alta, dores musculares, fadiga, fastio intenso. Suas complicações costumam engrossar as estatísticas de mortalidade.

O quarto de dormir é o reduto dos alérgenos respiratórios: o fungo no guarda-roupa e ar-condicionado e o ácaro no colchão e travesseiro. Os dois adoram escuro e umidade. Manter a claridade e ventilação é uma atitude sensata que vai reduzir a multiplicação desses vilões do inverno.

A vacina é eficaz e fundamental na prevenção da gripe. Por outro lado, evitar aglomerações e não mandar a criança com sintomas respiratórios à escola são ações que podem e devem interferir na proliferação das viroses.
Sebastião de Oliveira Costa

Sebastião de Oliveira Costa

CRM-PB: 1630

Especialidade: Pneumologia e Alergologia

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